O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta quinta-feira (25) que a gestão da companhia segue trabalhando para cumprir o plano estratégico, apesar da atual crise política do país.
“Vamos continuar trabalhando para cumprir nosso planejamento estratégico [...] Vejo que questões na área política tem impactos políticos e vamos seguir trabalhando”, afirmou o executivo. As declarações foram dadas durante entrevista coletiva sobre manifestação formal da Petrobras em relação ao direito de preferência para a segunda e terceira rodadas de licitações de blocos exploratórios, sob regime de partilha de produção.
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Parente acrescentou que o calendário de leilões de petróleo para os próximos anos tem que ser cumprido pelo governo.
“Esses leilões têm um calendário e temos que cumprir esse calendário”, disse. “Não podemos ficar presos a questões de curto prazo”, afirmou.
Desinvestimentos
O presidente da Petrobras reafirmou que a meta de desinvestimentos da empresa para 2017-2018 está mantida em US$ 21 bilhões.
“Com relação ao programa de desinvestimentos, está mantida a meta”, disse o executivo.
O presidente acrescentou que a companhia já fez dois anúncios de propostas de venda de ativos e está “evoluindo para anúncios seguidos, de maneira a cumprir a nossa meta de US$ 21 bilhões até o fim do ano”.
Pré-sal
Segundo Parente, os investimentos necessários na área de desenvolvimento da produção das futuras áreas do pré-sal, para as quais a companhia exerceu o direito de preferência, serão discutidos na revisão do plano de negócios.
O executivo disse ainda que a empresa “possivelmente” poderá participar de outras áreas para as quais não exerceu preferência.
A diretora de exploração de produção da empresa, Solange Guedes, afirmou que a companhia fez repriorizações e postergações de atividades fora do pré-sal para comportar os investimentos nas áreas do pré-sal para as quais manifestou o interesse de exercício de preferência. Segundo ela, essas áreas que tiveram as atividades postergadas estão localizadas na costa da Bahia.
Tartaruga Verde
Solange Guedes disse que a companhia pretende manter a operação do campo de Tartaruga Verde, localizada na Bacia de Campos. A estatal preferiu não exercer o direito de preferência pela operação da área unitizável da União, adjacente ao campo.
“Não estamos mudando a estratégia de Tartaruga Verde. Pretendemos continuar como operadora do campo”, disse ela, ao ser questionada se a não opção pelo direito de preferência pela área unitizável de Tartaruga sinaliza que a companhia pretende vender a operação do ativo.
A Petrobras chegou a anunciar, no ano passado, a venda de 50% do campo para a Karoon , numa negociação que não envolvia a venda do controle. O desinvestimento do campo foi posteriormente interrompido, para reavaliação da sistemática da venda.
Fonte: Valor