Brasília - O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, disse hoje (8) que pode haver novos ajustes no governo como consequência das recentes denúncias de corrupção e desvios de verbas envolvendo o setor de transportes. Mas, segundo ele, não haverá novas demissões em massa.
“Sempre que houver necessidade ou conveniência de fazer algum ajuste nós vamos fazer. Não há porque ficar pensando ou tendo dificuldade de tomar a decisão que precisa ser tomada”. Segundo o ministro, com a recente mudança no comando do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), também poderá haver novas alterações na estrutura do órgão. “Mas não com a conotação de demissão, mas de ajuste da máquina para que ela possa funcionar perfeitamente”.
A nova diretoria do Dnit tomou posse na semana passada, depois que os antigos diretores foram afastados por causa de denúncias de corrupção. Também houve mudanças no Ministério dos Transportes, entre elas a saída do então ministro Alfredo Nascimento.
Passos não quis comentar o resultado da auditoria especial realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), que foi divulgado hoje. Ele disse que quer tomar conhecimento do conteúdo da análise para depois apontar as providências que serão adotadas. “Vamos ver o que o relatório está apontando e o que será preciso fazer”.
Segundo a conclusão da CGU sobre as auditorias feitas em contratos no Ministério dos Transportes, foram encontradas 66 irregularidades em 17 processos, que somaram R$ 5,1 bilhões, com prejuízo potencial de R$ 682 milhões. O ministro disse que o relatório da CGU não foi tema de audiência que teve na tarde de hoje com a presidenta da República, Dilma Rousseff.
Fonte: Agência Brasil/Sabrina Craide
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