A estatal prioriza projeto mineiro e adia o nosso para 2017
A divulgação do plano estratégico da Petrobras para o período 2011-1015 trouxe uma surpresa para os capixabas: o Polo Gás-Químico de Linhares terá as obras adiadas e, em vez de entrar em operação em setembro de 2015, ficará pronto em meados de 2017. A unidade de fertilizantes planejada para Uberaba (MG) ficará pronta primeiro, conforme o plano da estatal.
O secretário estadual de Desenvolvimento, Márcio Félix Bezerra, não vê com preocupação o adiamento das obras. "O polo que será construído em Linhares exigirá mais recursos do que as fábricas de fertilizantes de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul", avalia ele.
Além disso, o cronograma apresentado no ano passado para a área de fertilizantes era muito ousado, na avaliação do secretário de Desenvolvimento. "São ajustes que a companhia tem que fazer à medida que vai avaliando os projetos. É um procedimento normal e não significa que o polo não será feito".
Já em Linhares, a informação causou surpresa. Segundo informou a assessoria de imprensa da prefeitura, secretários e prefeito (Guerino Zanon) não tinham conhecimento da decisão da Petrobras de alterar o cronograma de implantação do polo.
Por desconhecerem a decisão, e por não terem recebido nenhuma informação da Petrobras, o prefeito e secretários preferiram não comentar o novo plano estratégico da companhia petroleira.
Em nota de duas linhas, a assessoria da estatal informou que "a Petrobras confirma que a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Linhares (UFN IV) foi adiada de setembro de 2015 para julho de 2017, conforme consta no novo plano de negócios da empresa" .
Projeto
O polo de Linhares deverá ter investimentos de US$ 4,3 bilhões. Nesta unidade, projeta-se produzir 763 mil toneladas de ureia por ano, 790 mil toneladas de metanol, 200 mil toneladas de ácido acético, 25 mil toneladas de ácido fórmico e 30 mil toneladas de melamina.
Apesar da assinatura do protocolo de intenção com o governo do Estado e Prefeitura de Linhares, ficou definido que o Estado é que cuidará da desapropriação de 400 hectares para a implantação do polo.
Além do terreno, a estatal terá, também incentivos fiscais, que serão concedidos dentro do programa Invest-ES.
"O mais importante
é que a Petrobras não desistiu do projeto, mas optou por adiar apenas."
Fonte: A Gazeta (ES) Vitória/Denise Zandonadi
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