RIO — A Petrobras fez uma alteração radical no projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em construção em Itaboraí, no Estado do Rio. Além do petróleo pesado que será usado na produção de combustíveis (diesel, nafta e querosene de aviação), a estatal agora vai usar gás natural do pré-sal para a fabricação de matéria-prima destinada à indústria petroquímica (plásticos). A informação foi dada ontem pelo diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
A Braskem, de cujo capital a Petrobras detém 32%, irá comandar a parte petroquímica no empreendimento
— O Comperj é uma necessidade. Com o aumento do preço do petróleo, a petroquímica baseada a gás ficou mais competitiva. Os trabalhos com a Petrobras estão evoluindo bem. A Petrobras irá comandar a parte de petróleo; e a Braskem, a de petroquímica — disse Fadigas.
No Comperj, a Braskem, segundo a Petrobras, terá unidade que vai produzir eteno (petroquímico básico) usando o gás natural. Além disso, a empresa vai construir no polo uma unidade industrial para produzir polietileno e uma outra para polipropileno (ambos petroquímicos de segunda geração), usando o eteno como matéria-prima.
Braskem vai investir R$ 1,6 bilhão em 2011
— Com o uso do gás natural, o projeto se torna mais atraente economicamente, e mais amigável ao meio ambiente — destacou Paulo Roberto.
A última versão do projeto incluía duas refinarias que usariam apenas petróleo pesado para produzir combustíveis e matérias-primas petroquímicas. Agora, diz a Petrobras, a unidade que será construída pela Braskem, com capacidade para produção de 1 milhão de toneladas de eteno, usando como matéria-prima 14 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, deverá entrar em produção entre 2016 e 2017. Paulo Roberto explicou que a decisão de usar gás natural também foi tomada após a descoberta das reservas dos campos de pré-sal, na Bacia de Santos.
Fonte: Extra Online/Ramona Ordoñez e Bruno Rosa
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