A Petrobras deve divulgar hoje à noite um lucro líquido maior que o apurado no mesmo período de 2009, mas com alta não muito significativa, segundos os analistas. O desempenho contrasta com o observado nos balanços das rivais estrangeiras, que tem liberdade para repassar preços ao mercado.
A expectativa do Credit Suisse é de uma receita de R$ 51,35 bilhões, lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações (lajida) de R$ 15,6 bilhões e lucro líquido de R$ 7,9 bilhões. O Itaú projeta um lucro maior, de R$ 8,45 bilhões, receita de R$ 51,32 bilhões e lajida de R$ 16,7 bilhões. No segundo trimestre de 2009, a petroleira teve lucro líquido de R$ 7,73 bilhões e receita líquida de R$ 44,605 bilhões.
O resultado da companhia no trimestre é atribuído a uma combinação de fatores como o aumento de 2,5% no preço do petróleo, valorização do real e pequeno aumento da produção, de 1,5%.
Os volumes de venda de combustíveis permanecem estáveis devido à redução dos preços do etanol, que voltou a ser mais competitivo que a gasolina, destacou o Itaú. O relatório do Credit Suisse afirma que o fluxo de caixa livre "deve permanecer em território negativo, dada a provável aceleração dos investimentos, elevando a dívida líquida em relação à total para perto do limite autoimposto pela companhia, de 35%".
Ontem os acionistas da Petrobras aprovaram em assembleia o uso de Letras Financeiras do Tesouro (LFT) na capitalização. A presença de estrangeiros foi grande, com votos favoráveis, o que foi interpretado como aceitação da operação.
Fonte: Valor Econômico/Cláudia Schüffner e Juliana Ennes, do Rio
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