A estratégia da Petrobras de hibernar seus campos em águas rasas, de custos mais elevados, frente ao cenário de baixa dos preços do petróleo, deve atingir quase 50 plataformas nas regiões Sudeste e Nordeste.
A companhia enviou carta aos sindicatos informando a paralisação de 24 unidades na Bacia Potiguar, seis na Bacia de Campos, nove na Bacia do Ceará e de todas as plataformas de Sergipe-Alagoas – segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Petrobras opera nove unidades marítimas na região. Além dos ativos em águas rasas, a petroleira também está hibernando alguns ativos terrestres.
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Segundo a estatal, no documento, as plataformas que operam em águas rasas, em virtude da queda dos preços do petróleo, passaram a ter fluxo de caixa negativo.
A empresa esclareceu, ainda, que alguns ativos estão passando por processo de desinvestimento e que a hibernação não afetará a continuidade das vendas.
A Petrobras informou às entidades sindicais que os empregados impactados pela redução de atividades e hibernação serão realocados internamente ou terão a opção de aderir ao programa de desligamento voluntário (PDV) ou desligamento por acordo.
Ao todo, 357 funcionários estão em processo de troca de unidades. Os sindicatos estimam que a hibernação das unidades listadas pode atingir 2,6 mil trabalhadores próprios e traz riscos de demissão a cerca de 7 mil terceirizados . As entidades dizem que, a pretexto de responder à crise, a companhia está aproveitando a oportunidade para cortar pessoal.
Fonte: Valor