A produção de petróleo e gás da Petrobras em 2021 somou 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), acima da meta de 2,72 milhões de boed, devido à maior atuação em ativos em águas profundas e ultraprofundas, de acordo com a empresa, em comunicado ao mercado.
Para 2022, a meta de produção foi revisada para baixo, de 2,7 milhões de boed para 2,6 milhões de boed, devido ao início da partilha de produção dos FPSOs P-70 e Carioca, previsto para o início de maio, segundo o documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em 2021, a produção de petróleo e gás natural (LGN) somou 2,22 milhões de barris por dia, acima da meta de 2,21 milhões de boed. Já a produção de petróleo, gás natural e gás comercial totalizou 2,46 milhões de boed, também superando a mera de 2,43 milhões de boed.
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Segundo a Petrobras, os resultados refletem o início da produção da FPSO Carioca, primeira plataforma no campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos. A produção própria no pré-sal, que totalizou 1,95 milhões de boed em 2021, representando 70% da produção total da Petrobras, diz o comunicado.
Além disso, a empresa assinou e deu início ao acordo de coparticipação do campo de Búzios, e concluiu a venda de sua participação em campos marítimos nas Bacias de Campos e Santos, e nos polos terrestres na Bahia, no Espírito Santo e em Sergipe.
A Petrobras destacou que seu foco na atuação em águas profundas e ultraprofundas “tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos, produzindo óleo de melhor qualidade e com menores emissões de gases de efeito estufa”.
Para este ano, a meta de produção foi rebaixada devido ao início da partilha de produção dos FPSOs P-70 e Carioca, em operação nos campos de Atapu e Sépia, respectivamente. A Petrobras terá 65,69% de participação na jazida compartilhada de Atapu e 55,30% no campo de Sépia.
Já a produção de óleo e produção comercial registrou um impacto de cerca de 60 milhões de boed, mas permaneceu com as mesmas faixas, respectivamente, 2,1 milhões de boed e 2,3 milhões de boed, com variação de 4% para mais ou para menos, diz a Petrobras.
Para o período de 2023 a 2026, o impacto médio estimado para a produção é uma redução de 100 mil boed.
Para o campo de Atapu, a Petrobras receberá US$ 1,5 bilhão, até 15 de abril de 2022, e para Sépia o montante é de US$ 2,2 bilhões e a data de recebimento ainda está em negociação. Já a parcela do bônus devido pela Petrobras para os dois campos, no valor de R$ 4,2 bilhões, deverá ser paga no primeiro trimestre de 2022.
Com relação aos investimentos de 2022, segundo a Petrobras, está mantida a previsão divulgada de US$ 11 bilhões, e ajustes são previstos ao longo do ano, na medida em que serão discutidos com os parceiros e PPSA os planos de desenvolvimento para a produção dos volumes excedentes em Atapu e Sépia, que devem incluir a implantação de um novo sistema de produção em cada campo.
Fonte: Valor