Com o fechamento do acordo com a Engie, para venda de 90% da Transportadora Associada de Gás (TAG), a Petrobras já totaliza US$ 9,25 bilhões em desinvestimentos este ano, na gestão de Roberto Castello Branco.
Desde 2015, quando começou a intensificar seu programa de venda de ativos, frente à crise financeira da empresa, já entraram no caixa da Petrobras, até 2018, cerca de US$ 15,4 bilhões, oriundos de parcerias e desinvestimentos.
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Além dos negócios fechados em 2019, a companhia tem, em carteira, US$ 1,85 bilhão em negócios ainda não concluídos.
Os desinvestimentos deste ano já são superiores a praticamente todos os negócios anunciados pela empresa entre 2017 e 2018, que somaram cerca de US$ 8,5 bilhões.
Além dos US$ 8,6 bilhões envolvidos na negociação da TAG, a estatal também já anunciou, em 2019, a venda da refinaria texana de Pasadena, para a Chevron (US$ 562 milhões), e do campo de Maromba, na Bacia de Campos, para a BW Offshore (US$ 90 milhões).
Todos os negócios já estavam em andamento desde a administração de Pedro Parente. A expectativa, no entanto, é que a Petrobras intensifique seus desinvestimentos na gestão Castello Branco. Em março, o executivo afirmou que os desinvestimentos da Petrobras poderão atingir entre US$ 30 bilhões e US$ 40 bilhões em 12 meses.
Os números dão uma dimensão do que se esperar do programa de desinvestimentos “mais agressivo” que Castello Branco vem propagando. O presidente já anunciou que espera aumentar o número de refinarias a serem vendidas e sair da Braskem. Além disso, a empresa avalia uma possível oferta secundária de ações da BR Distribuidora.
Fonte: Valor