A Petrobras vai ajudar a Transocean e a Chevron a tentar derrubar na Justiça liminar que exige a suspensão da operação das duas companhias no país até o final de agosto, disse o diretor de exploração e produção da estatal, José Formigli, nesta quarta-feira (15).
A liminar foi concedida pelo TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), a pedido do Ministério Público Federal, após as empresas se envolverem no vazamento de 3,7 mil barris de petróleo em novembro do ano passado, no campo de Frade, na bacia de Campos.
Formigli disse que uma eventual parada da Transocean teria impacto na Petrobras, que luta para aumentar sua produção de petróleo. A Transocean tem oito sondas de perfuração contratadas pela Petrobras, e sete delas estão em operação. A retirada das unidades atrasaria os planos da empresa.
"Claro que teria impacto, nosso jurídico está trabalhando junto com a Transocean e na medida do possível junto com a Chevron", disse o executivo. "Vamos mostrar à Justiça que não há razão nesse embargo."
José Formigli assumiu como diretor de exploração e produção da Petrobras em fevereiro deste ano e deu, hoje, sua primeira entrevista no cargo. Ele detalhou a parte do Plano de Negócios 2012-2016 da Petrobras sob sua direção.
CHEVRON
A Chevron continua sem operar no país, após pedido voluntário à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) em março, para avaliar melhor a área do campo de Frade.
A petrolífera, no entanto, já pediu à ANP para voltar a produzir no local, onde opera em consórcio com a Petrobras. A autorização ainda não foi concedida.
A volta da operação em Frade ajudaria a Petrobras a cumprir a meta de produção de 2,021 milhões de barris em 2012, mesmo volume do ano passado, com margem de erro de 2%.
Fonte: Folha / Denise Luna
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