Petroleiras em todo o mundo têm formulado diferentes estratégias, como preparação em cenário futuro onde baixa emissão de carbono será cada vez mais discutida e demandada. É o que mostrou falas de diversos executivos, em evento on-line sobre commodities promovido pelo jornal "Financial Times", essa manhã.
Para o vice-presidente executivo para iniciativa integradas de gás da Shell, De la Rey Venter, além de oferecer soluções de energias limpas, será crucial que as petroleiras também ajudem os clientes nos esforços de descarbonização. Ele acredita que o gás natural terá papel crucial, principalmente na substituição do carvão.
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“Há diversos papéis críticos que o gás pode exercer nos próximos 10 ou 15 anos. Há medo entre alguns de que o gás travará outras alternativas energéticas mais limpas, mas na verdade o gás possibilita com que renováveis se desenvolvam. Poderemos começar a substituir gás natural por hidrogênio, por exemplo, quando este estiver disponível e for competitivo”, explicou Venter.
Também presente no evento, o CEO de evolução energética da petroleira italiana Eni, Massimo Mondazzi, recomendou que as companhias precisam estar mais alinhadas sobre as métricas usadas para medir as emissões de carbono, por exemplo.
Já o vice-presidente de transição energética da Chevron, Daniel Droog, observou que os, acionistas estarão de olho na transparência de cada empresa, em meio a essa transição. “Queremos ter clareza e prestar contas sobre o que fazemos”, acrescentou Droog.
A vice-presidente executiva de estratégia e sustentabilidade da BP, Giulia Chierchia, lembrou que, em geral, investimentos em fontes alternativas de energia são positivos para as petroleiras, pois ajudam a diversificar o portfólio. No entanto, ela ressaltou que, apesar do foco no aumento da transparência, há incertezas sobre a percepção dos investidores. “Não sabemos quanto tempo levará para os investidores nos recompensarem por estes esforços”, afirmou ela.
Fonte: Valor