Os contratos futuros do petróleo operam em alta nesta terça-feira, com os dados indicando maior demanda na China mais do que compensando uma revisão para baixo da projeção de demanda global da Agência Internacional de Energia (AIE).
Pouco antes das 11h30, o WTI para outubro subia 0,62%, saindo a US$ 37,49. O Brent para novembro aumentava 0,45%, cotado a US$ 39,79
Nesta terça-feira, os dados econômicos da China mostraram que a recuperação da segunda maior economia global continuou acelerando em agosto. As vendas no varejo do país voltaram aos níveis pré-pandemia, subindo 0,5% na comparação com agosto de 2019. A produção industrial chinesa, por sua vez, subiu 5,6% na comparação anual, superando as já elevadas expectativas de consenso.
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"A expectativa de uma vacina e a demanda das refinarias em níveis quase recordes na China mais uma vez estão dando esperanças ao mercado de que a demanda por petróleo não será tão ruim quanto temíamos", disse Phil Flynn, da Price Futures. "Tecnicamente, parece que o petróleo pode ter atingido uma mínima de curto prazo."
O otimismo com os dados compensa o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), que informou mais cedo que cortou sua previsão para o crescimento da demanda de petróleo em 2020. A entidade menciona um caminho "traiçoeiro" à frente em meio ao enfraquecimento do sentimento do mercado e um aumento no número de casos de coronavírus relatados em todo o mundo.
Em seu relatório mensal, a AIE reduziu sua perspectiva de crescimento da demanda mundial de petróleo para 91,7 milhões de barris por dia (bpd). Isso representa uma contração de 8,4 milhões de bpd ano a ano, mais do que a contração de 8,1 milhões de bpd prevista no relatório de agosto.
“Esperamos que a recuperação da demanda por petróleo desacelere acentuadamente no segundo semestre de 2020, com a maioria dos ganhos já alcançados”, disse a AIE. “A desaceleração econômica levará meses para se reverter completamente, enquanto certos setores, como a aviação, provavelmente não voltarão aos níveis de consumo anteriores à pandemia, mesmo no próximo ano.”
Fonte: Valor