Os contratos futuros do petróleo fecharam em forte queda nesta terça-feira (14), ampliando as perdas no fim da tarde, com os investidores vendo um viés negativo nos comentários dos executivos das companhias de petróleo do Texas sobre os cortes de produção acordados no fim de semana.
Alguns dos executivos expressaram resistência à ideia de reguladores texanos forçando companhias a reduzir a produção, enquanto outros se mostraram mais positivos à ideia. Ambos os grupos, porém, disseram que o enorme problema de excesso de oferta não será resolvido no curto prazo, independentemente de quais ações serão tomadas por reguladores americanos.
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O contrato do petróleo Brent para junho fechou em queda de 6,74%, a US$ 29,60 por barril, na ICE, em Londres, enquanto a referência americana da commodity, o WTI para maio, recuou 10,26%, a US$ 20,11 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York.
Dados de estoque
Os investidores aguardam, agora, os dados dos estoques americanos de petróleo do Departamento de Energia dos EUA, com a expectativa de forte alta nas reservas da semana. Estimativas de 11 analistas e traders mostram que os estoques americanos devem subir 11,1 milhões de barris, em média, na semana encerrada em 9 de abril. Todos os 11 analistas esperam que os estoques cresçam em relação à semana anterior. As previsões variam de aumentos de 5 milhões de barris a 17 milhões de barris.
Na divulgação de amanhã, analistas esperam que os estoques de gasolina aumentem em 6,3 milhões de barris, em relação à semana anterior. As estimativas variam de aumentos de 2,9 milhões de barris a 10,6 milhões de barris.
Os estoques de destilados, que incluem óleo para aquecimento e diesel, devem subir 1,5 milhão de barris, em relação à semana anterior. As previsões variam de uma redução de 2 milhões de barris a um aumento de 5 milhões de barris.
O uso da capacidade instalada das refinarias provavelmente caiu 2,5 pontos percentuais, para 73,1%. As previsões variam de quedas de 1 ponto percentual a 6 pontos percentuais.
Fonte: Valor