Ribeirão Preto - A Polícia Federal e a Justiça suspeitam que a Airex Trading Logística Importação e Exportação Ltda., de Manaus, empresa que negociava a compra da Indústria de Alimentos Nilza, de Ribeirão Preto, que estava em recuperação judicial desde 2009 e teve sua falência decretada anteontem, só existia no papel e tinha apenas R$ 50 mil de capital social. Posteriormente, a companhia teria mudado de nome para Airex Capital Partners Ltda., ampliou seu capital para R$ 5 milhões, mas não conseguiu ocupar um endereço em Manaus (AM), sua sede. Esse foi um dos motivos que levaram o juiz Heber Mendes Batista, da quarta Vara Cível de Ribeirão Preto, a decretar a falência da Nilza. A fraude envolveria ainda compra de votos de credores da empresa para garantir a venda.
Relatórios da Polícia Federal (PF) encaminhados à Justiça apontam que endereços fornecidos pela Airex no processo de compra não existem, ou são escritórios vazios.
De acordo com as investigações da PF, o primeiro endereço fornecido pela Airex na tratativa de compra da Nilza, na Alameda Rio Negro, 150, na capital amazonense, "é um condomínio residencial fechado, de classe média alta, chamado Vila da Barra, cuja administração condominial informou que o número 150 não existe naquela alameda".
Já em relação ao endereço do primeiro contrato social fornecido pela Airex, a sala 703 do Rio Negro Center, "atualmente encontra-se vazia e disponível para aluguel", segundo o documento.
Fonte:DCI/Eduardo SchiavoniAE
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