O preço do aço no país deve passar por um novo reajuste de preço em outubro, o terceiro do ano, em meio à retomada do mercado interno, especialmente o segmento de construção. Analistas estimam que a alta pode chegar a até 15% para o aço plano.
egundo os analistas Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, do Credit Suisse, o aumento na procura interna e os prêmios sobre a paridade de importação em território negativo ajudam as siderúrgicas a anunciar um aumento de preços em outubro.
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“Acreditamos que estes aumentos de preços têm uma probabilidade consideravelmente alta de serem repassados, considerando o desconto nos prêmios sobre paridade de preços, melhora da demanda, altos preços das matérias-primas, e o fato de que todas as siderúrgicas parecem estar alinhadas com esta estratégia”, diz trecho do relatório.
Os comentários foram feitos um dia após o Instituto Aço Brasil (IABR) apresentar dados a respeito do mercado de aço em agosto. Para os analistas, o destaque no período foi o aço longo, que continua se beneficiando da recuperação do mercado de construção. As vendas em agosto cresceram 9% em agosto, enquanto em planos houve queda de 3%.
Siderurgia tem recuperação e já reajusta preços
Retomada em “V” leva à falta de insumos
“Continuamos a acreditar em uma recuperação com duas velocidades, com o aço longo superando o plano nos próximos meses”, dizem os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, do BTG Pactual, em relatório.
Projetando um aumento médio de 10% nos preços dos aços, eles afirmam que o consequente aumento de receita das empresas aumentará a avaliação (“valuation”) das siderúrgicas.
Os analistas do BTG Pactual e do Credit Suisse mantiveram a Gerdau como a principal escolha para aproveitar este cenário, dado seu portfólio de aço longo.
Fonte:Valor