Delegação de Christian Wulff mira principalmente os negócios em portos, aeroportos e transportes urbanos
O presidente da Alemanha, Christian Wulff, chega hoje a Brasília com delegação de cerca de 60 empresários e uma cesta de propostas de investimentos no Brasil.
Os principais são em portos, aeroportos e transportes urbanos, essenciais para os grandes eventos esportivos.
Com US$ 20,6 bilhões de comércio bilateral em 2010, a Alemanha é o maior parceiro do Brasil na Europa e o quarto maior do mundo, só atrás de China, EUA e Argentina. Tem em torno de 1.200 empresas no Brasil, segundo o embaixador brasileiro em Berlim, Everton Vargas.
Dados do Banco Central mostram que, entre 1950 e 1995, a Alemanha respondeu pelo segundo maior estoque de investimentos diretos no Brasil, só perdendo dos EUA.
Depois, caiu para a quinta posição e, entre 2001 e 2010, ficou em o oitavo país, com US$ 10,9 bilhões, quase 5% dos investimentos totais.
Wulff deverá manifestar apoio a novo adiamento da licitação para o trem-bala entre Rio e São Paulo porque um consórcio alemão tem interesse na disputa. As discussões incluem a Siemens, de engenharia eletrônica, e a estatal Deutsche Bahn, maior empresa de trens do país.
Com o anúncio do governo de Dilma Rousseff de que aeroportos brasileiros passarão para a iniciativa privada, a alemã Fraport, de economia mista, colocou-se na disputa.
Ela administra o aeroporto de Frankfurt, um dos mais importantes "hubs" (centro redistribuidor de voos) da Europa, e também os de Nova Déli (Índia), do Cairo (Egito) e de Lima (Peru).
A Du Sport, responsável pelo maior porto fluvial da Europa, o de Duisburg, já tem até estudos para modernização e ampliação do porto de Santos (SP).
Fonte: Folha de São Paulo/ELIANE CANTANHÊDE/COLUNISTA DA FOLHA/EDUARDO CUCOLO
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