De São Paulo - Além do furacão das importações que invadiu o mercado brasileiro em 2010, ArcelorMittal Tubarão, Usiminas e Gerdau Açominasenfrentam desde novembro um problema de suprimento de carvão pelo porto de Praia Mole, operado pela Vale. Um acidente naquele mês afetou os descarregadores de navios da segunda mais importante matéria-prima da indústria do aço. "Um pool, com participação de CSNe ThyssenKrupp CSA, que abriram espaço em seus terminais, ajudou a minimizar o problema. Gerdau, Usiminas e nós passamos a compartilhar os estoques no porto", diz Benjamin Baptista, presidente da ArcelorMittal Tubarão.
Segundo o executivo, a fase crítica do acidente já passou. A previsão é que, com as ações tomadas pela Vale e empresas, as operações será normalizada em fevereiro. "Devido a isso, nossa produção caiu do ritmo anual de 6,2 milhões para 5 milhões de toneladas e só deverá voltar ao ritmo normal por volta de maio, quando será feita a recomposição dos estoques. O padrão de estoques é de 45 dias.
Outro problema que pode chegar no segundo trimestre, mas ainda sem avaliação exata do impacto, é o vivido pelas mineradoras da Austrália, que responde por 60% das vendas mundiais de carvão metalúrgico. A região de Queensland enfrenta enchentes causadas por fortes chuvas há várias semanas. Isso levou as empresas a declarar na semana passada "motivo de força maior" em suas operações.
"Temos visão de que haverá alguma interrupção de suprimento de carvão no segundo trimestre, mas é cedo para avaliar. No curto prazo, quem sofre mais são as usinas do Japão, Coreia do Sul, Taiwan e China". O mercado asiático é o mais dependente da Austrália, inclusive de minério de ferro".
Fonte: Valor Econômico
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