RIO - Depois da emissão de fuligem de grafite e limalha em Santa Cruz, zona oeste do Rio, a Secretaria estadual do Meio Ambiente e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) anunciaram, ontem, um acordo compensatório no valor de R$ 14 milhões, a serem pagos pela siderúrgica da Companhia do Atlântico (CSA).
O segundo acidente com o forno aconteceu no final de dezembro. Segundo relatórios, a poluição foi causada por um problema nos altos-fornos de produção de ferro gusa da siderúrgica. A região mais afetada é o Lote 7, que fica próximo à Avenida João XXIII, em Santa Cruz.
O acordo compensatório prevê a construção de uma clínica da família, a criação de um centro de referência para tratamento de diabetes e hipertensão, a dragagem do Canal de São Fernando e a pavimentação e asfaltamento de ruas. Todos os investimentos serão feitos no bairro de Santa Cruz.
Além do acordo, a CSA também foi multada ontem em R$ 2,8 milhões pela emissão de "pó prateado", modo como os moradores apelidaram a fuligem. De acordo com o departamento de saúde do Inea, 17 moradores da região procuraram atendimento no Hospital estadual Pedro Ernesto e na Fiocruz, reclamando de problemas dermatológicos e respiratórios que seriam decorrentes da poluição causada pela siderúrgica.
O secretário do Ambiente do Estado do Rio, Carlos Minc, e a presidente do Inea, Marilene Ramos, explicaram que as obras custeadas pela CSA serão executadas pelo governo do estado, pela prefeitura do Rio e Inea.
Fonte: DCI/PanoramaBrasil
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