Rio e Angra dos Reis - A Petrobras e seus parceiros comemoraram, no final do ano passado, o começo da produção em escala comercial nos campos do pré-sal brasileiro. Atualmente, são extraídos cerca de 100 mil barris por dia (bpd) no polo pré-sal da Bacia de Santos e na área do pré-sal da Bacia de Campos, ambas no litoral sudeste do país. Só na Bacia de Santos, a produção diária deve alcançar, até 2017, cerca de 1 milhão de barris diários, com a entrada em operação das unidades planejadas para a região.
Os FPSOs BW Cidade de São Vicente e Dynamic Producer, hoje instalados na Bacia de Santos para realizar os Testes de Longa Duração (TLD) de Lula Nordeste e Guará, respectivamente, colhem informações técnicas fundamentais para o futuro desenvolvimento das jazidas descobertas. Esses dados deverão subsidiar o planejamento das atividades no pré-sal, coordenadas por meio do Plansal, o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Polo Pré-sal da Bacia de Santos.
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O Piloto do campo de Lula (originário da acumulação de Tupi), na Bacia de Santos, está sendo operado pelo FPSO Angra dos Reis, instalado no final de 2010. Com capacidade para produzir, diariamente, até 100 mil barris de óleo e 5 milhões de m³ de gás, esta é a primeira plataforma de produção programada para operar em escala comercial na área. Está ancorada a cerca de 300 km da costa, sobre 2.149 metros de lâmina d´água. Enquanto os sistemas de escoamento de gás para o continente não estão completamente operacionais, está produzindo cerca de 28 mil barris de óleo por dia.
No pico de produção, o FPSO estará conectado a seis poços produtores de petróleo, um injetor de gás, um injetor de água e, por fim, um capaz de injetar água e gás alternadamente. Assim como os TLDs de Lula Nordeste e Guará, o Piloto de Lula colhe informações de reservatório e de produção que serão fundamentais para a concepção das demais unidades de produção que irão produzir no pré-sal.
Plataformas em série
Em novembro de 2010, foram assinados os contratos para a construção de oito cascos das futuras plataformas destinadas à primeira fase de desenvolvimento da produção do polo pré-sal da Bacia de Santos. Essas unidades, batizadas de "replicantes", integram a nova geração de plataformas de produção concebidas segundo parâmetros de simplificação de projetos e padronização de equipamentos. A produção em série de cascos idênticos permitirá maior rapidez no processo de construção, ganho de escala e a consequente otimização de custos.
Cada plataforma dessas, do tipo FPSO (Floating Production Storage and Offloading), terá capacidade para processar até 150 mil barris por dia (bpd) de óleo e 6 milhões de m³ de gás/dia. Os cascos estão sendo construídos no polo naval de Rio Grande, no estado do Rio Grande do Sul, e foram projetados para garantir 70% de componentes fabricados no país.
Os oito replicantes entrarão em operação nos blocos BM-S-9 e BM-S-11. Além deles, serão instalados ali, também, dois outros projetos-pilotos, programados para as acumulações de Lula Nordeste e Guará, ambos com a mesma capacidade de produção dos replicantes. No total, serão treze unidades de produção a operar no polo pré-sal da Bacia de Santos até 2017, incluindo o Piloto de Lula, já iniciado com o FPSO Cidade de Angra dos Reis.
A contratação do afretamento das duas plataformas restantes, para os projetos da área de Guará-Norte e do campo de Cernambi, foi aprovada pela Petrobras e parceiros no final de 2010. Serão FPSOs com capacidade para produzir até 150 mil bpd de óleo e até 8 milhões de m3 de gás/dia. Os consórcios decidiram antecipar a produção dessas áreas, dado que os testes iniciais de vazão apresentaram excelentes resultados.
Fonte: Diário do Vale
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