As siderúrgicas brasileiras operaram com força total em maio. No mês passado, a produção de aço bruto cresceu 40,1% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Foram fabricadas 3,16 milhões de toneladas. No acumulado do ano, a produção alcançou 14,94 milhões, uma alta de 20,3% em relação a janeiro a maio de 2020. Os dados foram divulgados agora a pouco pelo Instituto Aço Brasil.
Pelos dados, o consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,5 milhões de toneladas em maio, volume 83% superior ao apurado no mesmo período de 2020. Já nos primeiros cinco meses, a alta foi de 50,7% frente ao registrado no mesmo período de 2020, chegando a 5 milhões de toneladas.
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Já as vendas internas avançaram 73,9% frente ao apurado em maio de 2020 e atingiram 2,1 milhões de toneladas. No acumulado, foram vendidas de 10,0 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos, o que representou uma alta de 46,4%.
Segundo dados do Aço Brasil, as importações cresceram mais de 200% em volume no mês passado. Foram importadas 550 mil toneladas e US$ 488 milhões, uma alta de 267,7% em volume e 195,3% em valor. No acumulado, os consumidores importaram 2 milhões de toneladas, um aumento de 128,4% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 1,8 bilhão e avançaram 92,2% no período.
Já as exportações caíram em volume no mês passado. Segundo dados do Aço Brasil, os embarques chegaram a 746 mil toneladas, ou US$ 636 milhões, o que resultou em queda de 12,2% e aumento de 50,8%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2020.
De janeiro a maio, as vendas externas atingiram 4,3 milhões de toneladas, ou US$ 3 bilhões. Esses valores representaram, respectivamente, retração de 13,6% e aumento de 20,5% na comparação com o mesmo período de 2020.
Segundo o presidente executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, esses dados mostram que a indústria brasileira do aço está produzindo e colocando no mercado interno mais aço do que vinha sendo demandado antes da pandemia.
“A demanda atual pode ser explicada não só pela retomada dos principais setores consumidores, mas também pela formação de estoques defensivos de alguns segmentos que querem se proteger de cenário de volatilidade do mercado.”
Segundo ele, essa volatilidade pode ser explicada pelo movimento mundial de alta nos preços das commodities. “Quase todos os insumos e matérias primas, em especial minério de ferro e sucata, continuam com significativa elevação de preços, causando forte impacto nos custos de produção da indústria do aço.”
Fonte: Valor