Países produtores de petróleo, incluindo membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) no Golfo Pérsico, apoiam a realização de um encontro em abril para discutir um congelamento dos níveis de produção mesmo se o Irã se negar a participar, disseram fontes da Opep.
Membros e não membros da organização deverão se reunir em Doha em 17 de abril, disse o ministro de Energia do Catar, Mohammed bin Saleh Al-Sada.
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Em fevereiro, Arábia Saudita, Catar, Venezuela e a Rússia, que não é membro da Opep, fecharam um acordo para estabilizar a produção.
"No momento, cerca de 15 produtores da Opep e de fora do grupo, respondendo por cerca de 73% da produção global de petróleo, apoiam a iniciativa", disse Sada em nota. O Catar ocupa a presidência da Opep em 2016 e têm sido um dos organizadores das negociações.
Os preços do petróleo subiam ontem, quarta-feira (16), sustentados pelo anúncio e por crescentes sinais de declínio da produção dos Estados Unidos.
A relutância do Irã em aderir ao acordo tem sido citada por fontes da Opep como um potencial entrave para um entendimento mais amplo. O país está elevando sua exportação de petróleo para recuperar fatia de mercado após o fim de sanções ocidentais.
Contudo, na segunda-feira, o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, que esteve reunido em Teerã, disse que o acordo poderia ser assinado em abril e excluir o Irã. Uma isenção para o Irã não é fator para interromper o acordo, disseram fontes da Opep.
"(A posição do Irã) é um contratempo mas não necessariamente irá mudar a atmosfera positiva que já se iniciou", disse uma fonte de um grande país produtor da Opep, referindo-se a declarações do Irã de que não irá aderir ao acordo de congelamento.
Fonte: Folha de São Paulo/DA REUTERS