O projeto de implantação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) foi alterado gerando um aumento de eficiência dos sistemas de controle ambiental e produtivo. Em outras palavras: A CSP vai reduzir o desmatamento, a emissão de gases poluentes na atmosfera e os consumos de energia e água. O novo projeto, que aguarda a licença de Instalação (LI), foi apresentado ontem na 41ª Reunião Extraordinária do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema). A redução do impacto ambiental e dos custos de produção não implicará num menor investimento - a estimativa do custo total continua sendo de US$ 4,5 bilhões - mas numa melhor utilização dos recursos.
O coordenador de Meio Ambiente da CSP, Marcelo Baltazar, explicou que havia muito espaçamento na área de implantação que foi compactada passando de 850 hectares (ha) para 500 ha. Isso significa que a supressão vegetal será menor. O consumo de energia também diminuiu, passando de 500 MW para 400 MW. Para melhorar a dispersão do material poluente a chaminé passou de 70 para 150 metros. Com a melhoria da dispersão dos gases espera-se uma redução de 33% nas emissões.
“Conseguimos reduzir à metade os materiais poluentes”, comenta Baltazar, ressaltando que 97% dos resíduos serão reutilizados na própria siderúrgica. Adianta os 3% que terão destinação externa deverão ir para um aterro industrial ainda a ser construído por uma empresa interessada.
Questionado sobre a questão social que não apareceu na apresentação do projeto da CSP, o coordenador disse que a variável humana é um desafio para o projeto e será solucionada por etapa já que o número de pessoas trabalhando vai aumentar gradativamente.Este ano serão entre 300 e 500 homens fazendo a terraplenagem, que teve início em junho e deverá ser concluída em fevereiro de 2012. Ao todo deverão ser criados de 15 a 17 mil empregos diretos na fase de construção do empreendimento. Na operação, estão previstos quatro mil empregos diretos e 10 mil indiretos.
Eólica
Conselheiros do Coema aprovaram, 17 votos a favor e duas abstenções, o estudo e o relatório de Impacto ambiental (EIA/Rima) do projeto do Complexo Eólico Faísa, na Zona Rural do Muncípio de Trairi. O gerente de projetos da Martifer Renováveis, Ricardo Ferraz, disse que aguarda a Licença de Instalação (LI), já solicitada à Semace, até o início do próximo mês.
Fonte: O Povo Online
PUBLICIDADE