Do Rio - A Petrobras deverá assinar na próxima semana o contrato de mais um equipamento do Comperj, a unidade de hidrotratamento (HDT). Segundo Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento da petrolífera, a unidade custará R$ 947 milhões e ficará a cargo de um consórcio liderado pela construtora Queiroz Galvão. A unidade de HDT é a que vai assegurar a produção de diesel com baixo teor de enxofre (S-10, dez partes por milhão) à refinaria.
Com ela, são quatro unidades da refinaria do complexo (primeira fase) já contratadas, totalizando R$ 5,247 bilhões. As outras são a unidade de HCC, contratada à Alusa Engenharia, no valor de R$ 1,4 bilhão. A unidade de destilação a vácuo, prevista para ser a primeira a entrar em operação, no valor de R$ 1,1 bilhão, a cargo do consórcio formado pelas empresas Promon, Skanska e Engevix. E a unidade de coque, a cargo do consórcio Techint/Eisa, no total de R$ 1,8 bilhão.
Na quarta-feira as empreiteiras começavam a preparar a área para instalar seus canteiros na obra, embora apenas a Alusa estivesse efetivamente iniciando a colocação das estacas no local onde ficarão os equipamentos. Segundo Heyder Carvalho Filho, gerente da obra de implantação do Comperj, atualmente estão "mobilizadas (contratados, embora não necessariamente trabalhando no local)" para a construção do Comperj 7 mil pessoas, estando previsto que no segundo semestre de 2012 o pessoal alcance o pico de 25 mil.
Hoje são 780 máquinas operando no local e, segundo Carvalho, as máquinas de terraplenagem mais pesadas já foram dispensadas. Segundo o gerente, o trabalho foi fortemente acelerado graças à estiagem dos últimos três meses.
A recepção dos equipamentos pesados do complexo vai exigir a construção de uma rodovia especial por uma área pouco habitada do município de São Gonçalo (localizado ao fundo da baía de Guanabara), evitando passar pela rodovia BR-101, de tráfego intenso. Os equipamentos serão levados por balsas até um ancoradouro que será construído na localidade de Praia das Pedrinhas, de onde irão pela rodovia nova até o Comperj.
Uma das obras complementares ao Comperj mais importantes é o Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, uma rodovia de pista dupla de 145 km interligando as principais vias de acesso à capital do Estado até o porto de Itaguaí. Um dos trechos da interligação é a rodovia BR-493, trecho de 25 km entre a BR-101 e a BR-116. Vista do sobrevoo no trecho próximo à BR-101, a rodovia atual de mão dupla não mostrou sinais de obras. (CS)
Fonte: Valor Econômico
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