O Mapa das Iniciativas do Hidrogênio Verde no Brasil, divulgado em julho de 2025 pela Clean Energy Latin America (Cela), que presta assessoria financeira e consultoria no segmento de transição energética, identificou no Brasil 111 empreendimentos, com anúncio de investimentos de R$ 454 bilhões. Segundo a pesquisa, há projetos de hidrogênio verde (H2V), amônia, e-metanol e aço verde em 15 estados brasileiros.
Camila Ramos, CEO da Cela, explicou que o objetivo do mapeamento é orientar empresas, investidores, governos e instituições na tomada de decisão no ambiente de negócios brasileiro. “A transição energética está em curso no país, e o hidrogênio verde pode ter um papel central nesse processo”, comenta.
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Segundo Camila, o trabalho inclui o monitoramento e informa a evolução dos projetos, permitindo saber onde estão os principais polos e hubs emergentes. Além disso, informa, traz análise de modelos de negócio, perfis de possíveis compradores finais e dados sobre capacidade instalada, investimentos anunciados e status dos projetos, entre outros.
De acordo com estudos da Cela, a produção de amônia verde no Brasil, a partir do hidrogênio com fontes renováveis, é mais competitiva que a com métodos tradicionais com combustíveis fósseis. A amônia verde tem custo de produção local, segundo o Custo Nivelado da Amônia Verde divulgado pela empresa, entre US$ 539 e US$ 1.103 por tonelada, enquanto o da produzida a partir de combustíveis fósseis pode chegar a US$ 1.300/tonelada. No caso do hidrogênio verde, indica o estudo, é possível produzir o combustível com custo nivelado entre US$ 2,83 e US$ 6,16 por quilo em algumas localidades brasileiras.