A operadora de sondas Transocean informou nesta quarta-feira (1º) que teve um prejuízo líquido de US$ 304 milhões durante o segundo trimestre. No mesmo período do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 124 milhões.
A maior parte das perdas foi registrada por conta de US$ 750 milhões em provisões relacionadas ao acidente em Macondo, no Golfo do México, ocorrido em abril de 2010. A empresa era proprietária da plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP.
A companhia ainda informa que esse colchão contra possíveis perdas pode aumentar, dependendo de novos cálculos. Durante o segundo trimestre, o resultado também foi afetado por um aumento de US$ 145 milhões em impostos cobrados.
Por outro lado, a linha inicial da demonstração de resultado foi superior em 12 meses. Nessa comparação, a alta da receita líquida foi de 10,3%, chegando a US$ 2,57 bilhões. Os custos em geral aumentaram ainda mais, em 42,4%, principalmente para manutenções.
Mesmo com as perdas, a geração de caixa da Transocean continuou se acelerando. O caixa líquido conseguido com suas operações foi de US$ 459 milhões, 35% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. Ao fim de junho, o caixa totalizou US$ 3,96 bilhões, contra US$ 3,35 bilhões no mesmo mês de 2011.
Hoje, no início do dia, a empresa e sua parceira na exploração do campo de Frade, a Chevron, receberam uma notificação judicial que dá a elas 30 dias para suspenderem suas atividades de extração e transporte de petróleo no Brasil.
Em novembro, a operação das duas na Bacia de Campos foi responsável por um acidente, no qual vazaram para o mar cerca de 3,7 mil barris de petróleo.
Fonte: Valor / Renato Rostás
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