A queda das reservas provadas da Petrobras, no ano passado, reforça a necessidade da companhia de elevar os seus investimentos em exploração, em busca de novas descobertas. As reservas da empresa fecharam 2019 com seus patamares mais baixos desde 2001.
Se o atual ritmo de consumo e reposição se mantiver, a expectativa da companhia é que as reservas da Petrobras se esgotem em 10,5 anos. Um número baixo se comparado aos patamares acima de 18 anos que a companhia mantinha nos primeiros anos da década de 2010, antes da queda dos preços internacionais do petróleo – critério que impacta diretamente na contabilidade das reservas – e que alguns de seus pares globais mantêm, como a ExxonMobil (17 anos) e Total (20 anos), segundo dados de 2018. Outras petroleiras, como a Shell (oito anos) e Equinor (nove anos) estão mais próximas da realidade da Petrobras.
As reservas provadas de petróleo e gás natural da Petrobras totalizaram, segundo os critérios da Securities and Exchange Commission (SEC), 9,59 bilhões de barris de óleo equivalente (BOE) em 2019, volume praticamente estável (-0,1%) em relação a 2018.
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Pelos critérios ANP/SPE (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis/Society of Petroleum Engineers), as reservas somavam 11,235 bilhões de BOE ao fim de 2019, uma retração de 6% na comparação anual.
As diferenças entre os dois critérios estão associadas, principalmente, às premissas econômicas (preços e custos). Fora isso, no critério ANP/SPE, são considerados os volumes de produção previstos para além do prazo contratual de concessão nos campos do Brasil.
Fonte: Valor