O governo vai analisar o impacto econômico e a legalidade jurídica das novas medidas protecionistas adotadas pela Argentina, que entraram em vigor ontem, antes de tomar atitudes.
Em entrevista, a secretária do Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, evitou apontar qual será a eventual resposta brasileira. Demonstrou, no entanto, a preocupação por parte do governo em relação às novas regras de importações do país vizinho.
"Estamos preocupados com esse problema e em contato permanente com o setor privado brasileiro e a Argentina para compreender o impacto econômico desse novo regime e sua consistência jurídica", disse Prazeres.
Pelas novas regras, os argentinos exigem das empresas informações prévias sobre todas as importações de bens de consumo. As compras deverão ser analisadas entre 72 horas e dez dias.
Hoje, empresários brasileiros de diversos setores se reúnem em Buenos Aires para discutir as medidas restritivas do país vizinho. O encontro está marcado para as 9h (horário argentino), na Embaixada do Brasil.
Segundo levantamento feito pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), cerca de 74% das exportações brasileiras serão afetadas e aproximadamente 5.500 importadores argentinos serão prejudicados com as novas regras.
O plano protecionista também rendeu críticas no Paraguai e no Uruguai.
Fonte: Folha de São Paulo/DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
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