A Indústrias Romi, maior fornecedora de equipamentos para a indústria de plásticos, lançou ontem uma oferta pública de aquisição (OPA) pela totalidade dos papéis da Hardinge, fabricante americana de tornos, centros de usinagem e retificadoras, após ver rejeitada em ao menos duas ocasiões a proposta de compra encaminhada ao conselho de administração. A Romi manteve o preço inicialmente oferecido, de US$ 8 por ação, porém está aberta a avaliar sua proposta caso a companhia americana permita a condução de auditoria financeira.
"Oferecemos US$ 8 em função de dados disponíveis. Não tivemos acesso a informações por meio de 'due diligence' que confirmem esse valor", afirma o presidente da Romi, Livaldo Aguiar dos Santos. Segundo informou, a companhia está disposta a avaliar tais dados e, eventualmente, alterar o preço - considerando-se o valor atual e a compra de 100% das ações, a OPA pode totalizar US$ 92 milhões. "Acreditamos que o valor é bom e a colocação da oferta pode abrir portas para uma conversa."
Em relação à cotação da ação da Hardinge em 3 de fevereiro, um dia antes do anúncio público da oferta ao conselho, o preço oferecido embute prêmio de 46%.
A Romi condicionou a realização da OPA, que se estende até 10 de maio, à adesão de acionistas detentores de no mínimo dois terços do capital da Hardinge e à invalidação das "pílulas de veneno" adotadas em fevereiro pela empresa, com o objetivo de se proteger da oferta hostil.
Fonte: Valor Econômico/ Stella Fontes, de São Paulo
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