são Paulo - Novas parcerias para a exploração de minério de ferro em Serra Azul, Minas Gerais, devem ser anunciadas no curto prazo. A atividade dessa área está mais intensa desde 2006, quando a MMX se instalou na região. A mineradora do empresário Eike Batista busca a consolidação de suas operações na região utilizando como atrativo o Superporto Sudeste para associações. Já a Usiminas está trabalhando para alcançar sua verticalização e, assim, diminuir a dependência de minério de ferro de terceiros e ficar exposta a elevados reajustes de preços. - O especialista em mineração e professor da Universidade de Uberlândia, Germano Mendes de Paula, explicou que as parcerias são uma saída para a exploração de minério na região. Isso porque, em Serra Azul, as mais de 10 mineradoras que estão no local estão encadeadas umas às outras, e com a parceria é possível explorar o minério da região das fronteiras entre as companhias. "Essa é uma sinergia clássica. Há a liberação de um recurso que antes não era usado porque estava na fronteira", disse o especialista.
O professor lembra ainda que as mineradoras também ganham com a otimização das operações e com o compartilhamento dos equipamentos e unidades de beneficiamento. "A partir do mapa da região você percebe claramente que um dos mecanismos para utilizar o recurso é consolidando as operações, o que pode acontecer via aquisições ou por associações", disse o acadêmico.
A MMX se vale de sua logística e do porto para atrair os parceiros. "A MMX tem que ser ativa nesse processo de consolidação da região", disse o gerente de renda variável da Modal Asset Management, Eduardo Roche. Isso porque a mineradora de Eike Batista tem o porto para escoar a produção, um diferencial entre as demais produtoras de minério de ferro da região.
Segundo o especialista da Universidade de Uberaba, o pontapé inicial para a consolidação de Serra Azul ocorreu com a parceria entre a MMX e a Usiminas, anunciada no ano passado. O atrativo do acordo para a siderúrgica mineira foi exatamente o porto, necessário para o transporte do minério. No negócio ficou estabelecido que a MMX prestaria o serviço portuário, pelo Porto Sudeste, para a Mineração Usiminas, com um embarque estimado em 2012 de 3 milhões de toneladas, chegando a 12 milhões de toneladas em 2016. Além disso, a Mineração Usiminas negociou com a MMX uma lavra conjunta da Mina Pau de Vinho, da qual detém direitos minerários.
Fonte: DCI/Agência Estado
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