O Instituto Aço Brasil (IABr) prevê investimentos de US$ 30,7 bilhões até 2016 no parque siderúrgico existente no país, o que significará um aumento da capacidade de produção nacional de 12,1 milhões de toneladas por ano. Além disso, o IABr projeta a possibilidade de que outros US$ 17,4 bilhões em novas siderúrgicas, o que significaria outros 11,7 milhões e toneladas anuais de capacidade adicional.
O presidente executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, afirmou que a situação de desaceleração da demanda interna e a situação de sobreoferta de aço no mercado global colocam incertezas a respeito da concretização da totalidade dos investimentos previstos.
"Tudo aqui é previsto. Agora, à luz do que está acontecendo, vamos ser pragmáticos: vou colocar capacidade para quê?", frisou Lopes, destacando que a valorização cambial faz a produção nacional de alguns tipos de aço ficar entre 20% e 22% mais cara que os equivalentes importados, mesmo considerando-se a proteção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, entre 12% e 14%.
No caso de a desvalorização da moeda chinesa ser computada na conta, o produto brasileiro se apresenta 45% mais caro que o equivalente chinês, que hoje já responde por 26% das importações de aço feitas pelo Brasil.
"Todo mundo está parando para aguardar e ver o que vai acontecer [antes de investir]", frisou Lopes.
Fonte: Valor
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