A partir de 1º de setembro, a Shell entra em uma nova frente de negócios: a Nature Based Solutions (NBS), metodologia que transforma ações como reflorestamento, restauração de áreas degradadas pela criação de gado ou mesmo projetos que evitem o desmatamento em créditos de carbono. A aposta é no crescente mercado internacional dos créditos de carbono, ao mesmo tempo em que reduz suas emissões na produção de petróleo.
Potencial. Ainda não há estimativa de receitas com a nova frente de atuação, mas a expectativa é que a área cresça nos próximos anos. Segundo Monique Gonçalves, gerente de estratégia e planejamento da Shell Brasil, há a previsão da criação de um mercado internacional de créditos de carbono, o que tornará obrigatória sua comercialização por países e empresas.
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Soy loco por ti. Para comandar o novo negócio, foi convocado Alejandro Segura. Há três anos na companhia, ele participou do planejamento de estratégias da Shell nos leilões de petróleo e gás promovidos pelo governo brasileiro. Estudo recente da empresa detectou potencial de mercado para o NBS em Brasil, Colômbia e Peru, na América Latina.
Verde e amarelo. O Brasil se destacou na comparação com outros países para concorrer pelos projetos da Shell, com potencial 15 vezes maior do que Peru e Colômbia. O País teria capacidade de absorver 2,7 bilhões de toneladas de carbono por ano – dos 11 bilhões anuais necessários para conter o aumento da temperatura mundial – contra cerca de 150 milhões de toneladas anuais dos países vizinhos.
Fonte: Estadão