A Shell divulgou nota na qual reafirma que interrompeu a maior parte de suas atividades que envolvem o petróleo russo, mas ressaltou que segue adquirindo a commodity e outros derivados para algumas refinarias e plantas químicas "para garantir a produção de combustíveis e produtos essenciais dos quais as pessoas e as empresas dependem todos os dias".
A empresa anglo-holandesa divulga o comunicado um dia depois que a agência Dow Jones publicou a informação, atribuída a fontes, de que a companhia adquiriu 100 mil toneladas de petróleo bruto da Rússia pagando US$ 28,50 por barril, enquanto o contrato do petróleo Brent com vencimento em maio fechou em alta, a US$ 118,11.
"Estamos chocados pelos eventos na Ucrânia e já deixamos clara a nossa intenção de sair de nossas jont-ventures com a Gazprom - que é controlada pelo governo russo - e entidades relacionadas, além de encerrar nosso envolvimento com um importante gasoduto que conecta a Rússia ao restante da Europa", diz a nota divulgada pela Shell, acrescentando que a petroleira também interrompeu "a maior parte" de suas atividades que envolvem o petróleo russo.
A companhia ressaltou ainda que seguirá reduzindo o uso do petróleo vindo da Rússia conforme outras alternativas de óleo cru se tornarem disponíveis. "Mas esta é uma decisão bastante complexa, uma vez que a commodity vinda do mercado russo tem papel importante no abastecimento mundial, e na atual situação de mercado, há uma relativa falta de alternativas", acrescenta a Shell no comunicado.
A empresa também frisa que, em cumprimento às sanções atualmente em vigor, trabalha para abastecer "de maneira segura" seus clientes na Europa e demais mercados.
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Fonte: Valor