são Paulo - A redução do Imposto de Importação para o aço foi retirada da pauta da reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de hoje, segundo fontes do governo. Elas explicaram que o setor siderúrgico apresentou ontem ao governo uma série de números, argumentando que o reajuste do aço doméstico teria um impacto quase nulo na produção de automóveis e eletrodomésticos da linha branca. Por isso, o governo decidiu avaliar melhor as informações das siderúrgicas e ter mais tempo para negociar com o setor.
A ideia inicial era de colocar a questão das alíquotas na pauta de hoje e assim os reajustes de aço começariam a ser implantados este mês.
"Se a alíquota de importação de aço cair, os aumentos de junho serão inibidos", diz o presidente da Frefer, Christiano da Cunha Freire. Conforme uma fonte da distribuição, a ArcelorMittal deu início a aumentos de 10% a 12% no último dia 10. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) começou a elevar os preços entre 8% e 10,75% em 14 de junho e Usiminas fará altas de 3% a 9% a partir do dia 21 para clientes da chamada grande rede - distribuidores, tubos de pequeno diâmetro e construção civil.
Diante das quedas registradas no preço internacional do aço desde o início de maio, o prêmio da bobina a quente (usada na fabricação de máquinas) supera 15% atualmente, percentual que justifica os riscos envolvidos na importação.
De acordo com o presidente da Frefer ainda não vale a pena importar, devido aos riscos de câmbio e custos com logística e transporte.
Fonte: DCI
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