São paulo - O presidente da Usiminas, Wilson Brummer, afirmou que o bloco de controle da siderúrgica mineira não irá assistir passivamente ao avanço da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) sobre seu capital votante e que esses sócios devem brecar novos movimentos da rival. O bloco é formado pelos japoneses da Nippon Steel com 27,8%, pelo grupo Camargo Corrêa e Votorantim que detém 26% e o fundo de pensão dos funcionários da siderúrgica com 10,1% do capital votante .
Para alcançar esse objetivo, ele lembrou que recentemente o acordo de acionistas da empresa foi renovado por mais 20 anos em uma "clara demonstração de esses sócios que são investidores de longo prazo, que querem esperar o melhor momento da Usiminas.
Em março, a fundação dos funcionários divulgou ter contratado o Credit Suisse para fazer uma avaliação de sua participação. "Eles não estão vendendo", garantiu. O executivo, porém, não quis comentar os rumores de que essa avaliação de ativos teria como pano de fundo uma aproximação entre o fundo e a Gerdau, que estaria interessada na Usiminas.
A investida da CSN chegou ao seu ápice com a elevação para 10,01% das ações ordinárias da Usiminas, mas segundo Brummer, isso não deve garantir uma vaga no conselho de administração da empresa mineira.
"Na nossa visão não tem [direito a assento no conselho]", afirmou. Segundo ele, essa é uma questão jurídica que "certamente" os advogados da companhia já estão analisando. Pela norma brasileira, um acionista precisa ter, no mínimo, 15% do capital votante ou 10% das preferenciais para eleger um membro do conselho.
No fim de março, o diretor de Relações com Investidores da CSN, Paulo Penido, reiterou a meta da empresa de obter 10% de participação na siderúrgica mineira e reafirmou que considera essa iniciativa um investimento estratégico, inclusive, com um assento no conselho de administração da Usiminas.
Investimento
Ontem a Usiminas anunciou investimentos de R$ 92 milhões para solucionar passivo ambiental no Rio de Janeiro, uma área de 850 mil metros quadrados no município de Itaguaí.
O projeto só deve ficar pronto em 18 meses, mas, a siderúrgica já estuda a possibilidade de instalar uma pelotizadora no local para processar o minério extraído pela empresa na região de Serra Azul (MG) ao invés de apenas estocá-lo. Com essa unidade a empresa agregaria valor ao produto, que tem como destino o mercado externo.
Fonte: DCI/AEPB
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