Embora a pandemia do novo coronavírus tenha avançado rapidamente nas últimas semanas no mundo todo, na avaliação do sócio da Solve Shipping, Leandro Barreto, o mercado de exportação no país tem reagido bem. Ele, inclusive, continua projetando recorde na movimentação de mercadorias no primeiro trimestre deste ano.
Já as importações sofreram mais com pandemia em decorrência, sobretudo, do lockdawn ocorrido na China. Isso provocou o desabastecimento de determinados insumos no Brasil, acarretando no fechamento de algumas fábricas na Zona Franca de Manaus, por exemplo.
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Na China, epicentro do coronavírus até início de março, a decisão das autoridades foi pelo fechamento de toda a cadeia logística, com portos, rodovias e indústrias paralisadas. Para Barreto, isso provocou o que ele chamou de colapso logístico, interrompendo a cadeia de movimentação de produtos naquele país.
Porém, o Brasil, Estados Unidos e países da Europa, optaram por deixar o fluxo de mercadorias aberto permitindo o pleno funcionamento do comércio entre eles. “Aqui a situação é diferente da China. O mercado de carne, celulose, madeira, os produtos agrícolas estão funcionando bem.”, afirmou Barreto. Para ele, o que tem havido é um excesso de pânico no país que não corresponde com a realidade.
Ele lembrou que a China levou de 15 a 20 dias para normalizar a situação do país e reabrir as indústrias e o setor de logística. Devido a isso, os últimos navios que saíram de lá em direção ao Brasil ainda estão vindo menos carregados de insumos, o que deve desabastecer, até primeira semana de abril, comércios como o da Zona Franca de Manaus, Saara, no Rio de Janeiro e 25 de Março, em São Paulo.
No entanto, análises mais recentes realizadas pela Solve Shipping já revelam que vem aumentando tanto a exportação quanto a importação entre Brasil e China.