Em época de colheita de grãos, o movimento de carretas é intenso em uma das beneficiadoras de cereais de Itapetininga (SP). A expectativa é que o fluxo de veículos aumente ainda mais nas próximas semanas com a previsão de outra grande safra.
Os números da Conab indicam que o Brasil vai produzir mais de 240 milhões de toneladas de grãos. É um aumento de 5,7% em relação à safra anterior. São 13 milhões de toneladas a mais.
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Essa realidade tem feito o mercado buscar soluções para armazenar tudo o que está por vir. Davison Antonio de Moraes, gerente de uma distribuidora, diz que a empresa conta com três parceiros para lidar com a demanda pela estocagem de grãos.
Uma filial deve ser inaugurada em Angatuba (SP) nos próximos meses e a unidade de Itapetininga está sendo ampliada para dobrar a capacidade de estocagem, que hoje é de nove mil toneladas em três silos. O investimento estimado é de R$ 5 milhões e é feito já pensando na safra da soja, a principal da região.
Esse tipo de parceria tem sido atraente para empresas menores, que não perdem clientes e absorvem a demanda. Já para as maiores cria uma oportunidade para alugar espaço nos silos. No caso dos agricultores, permite escoar tudo no tempo certo.
Em Pilar do Sul (SP), uma cerealista com sede no município tem seis unidades no Estado e estrutura para receber 120 mil toneladas. Ela abriu outro depósito com quatro silos em Itapetininga, que, segundo o empresário Nei de Carvalho, está se pagando pela economia com logística e ganho em aluguel.
A procura pelo serviço de uma beneficiadora em Angatuba também está acima do esperado. A empresa tem mais de oito mil toneladas estocadas em três silos. Além de pagar para usar os armazéns vizinhos, os grãos ficam no local por menos tempo. O processo para liberar o espaço fica mais ágil e lucrativo.
Fonte: G1