RIO - O grupo ítalo-argentino Techint entrará como sócio da Usiminas junto com a japonesa Nippon a partir de 16 de janeiro. De acordo com Paolo Basetti, vice-presidente da Ternium, empresa argentina controlada pela Techint, o primeiro objetivo do grupo na Usiminas será “gerar consenso dentro da empresa para armar a melhor estratégia industrial para os próximos 25 anos”.
No fim de novembro, a Techint adquiriu 27,7% da Usiminas ao comprar as participações da Votorantim e da Camargo Corrêa na empresa. Na ocasião, também foi adquirida parte das ações da siderúrgica em poder da Caixa dos Empregados da Usiminas (CEU). A operação se deu por meio da Ternium, braço siderúrgico da Techint, e das subsidiárias Siderar e Confab Industrial.
Bassetti negou que a entrada da Techint vá representar uma mudança de foco nas atividades da Usiminas. Mas, de acordo com o executivo, o grupo pretende gerar um novo projeto industrial que maximize as oportunidades industriais da Usiminas.
“A Usiminas vai continuar focando o mercado interno como prioridade”, afirmou Bassetti, descartando que o aumento de capital estrangeiro na empresa leve a uma atenção maior às exportações. “A Usiminas é mercado interno”, concluiu.
O vice-presidente da Ternium afirmou ainda que os sócios minoritários da Confab não têm direito a “tag along” – mecanismo que estende aos acionistas minoritários o prêmio de controle em caso de venda de uma empresa – pela compra das ações da Usiminas pela Techint. A Confab é ligada à Tenaris, companhia que, como a Ternium, é controlada pela Techint. Quando a entrada da Techint na Usiminas foi anunciada, os minoritários da Confab questionaram o uso de R$ 900 milhões em recursos da empresa para a compra de 5% das ações ordinárias, ou 2,5% do capital total da Usiminas.
Fonte: Valor / Guilherme Serodio
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