BUENOS AIRES - O grupo argentino Techint deverá defender entre os acionistas da Usiminas o aumento rápido da produção da siderúrgica, sem que isto implique necessariamente na expansão de suas linhas.
Na última sexta-feira, em um evento patrocinado pela empresa argentina de consultoria Abeceb, o ex-ministro da Economia do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, afirmou que a Usiminas passou a enfrentar “problemas de perda de eficiência” depois da saída da direção do executivo Rinaldo Campos Soares, falecido este ano.
Kuczynski, candidato derrotado à presidência do Peru, é um consultor internacional de economia e diretor da Ternium, a subsidiária do grupo que participou diretamente da operação de compra de participação na Usiminas.
“Muita gente não gostou da aquisição que fizemos, mas é preciso entender que iremos introduzir novos padrões de eficiência, além de termos agora as minas do melhor minério de ferro que existe, se não considerarmos as que são de propriedade da Vale”, disse.
Segundo ele, “a produtividade da Usiminas se estancou nos últimos anos e o que precisamos agora é aumentar a produção melhorando a rentabilidade”.
A curto prazo, de acordo com o executivo, o cenário externo do mercado de aço continuará sendo de excesso de oferta, sobretudo com o possível crescimento de vendas da China, caso o crescimento da economia asiática desacelere, mas a demanda interna deve sustentar as vendas no Brasil. “Existe uma procura sólida sobretudo em razão da expansão da indústria automotiva”, disse.
Fonte: Valor / César Felício
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