A Terex, multinacional de origem americana, anunciou o início das obras de sua segunda fábrica no país, no município de Guaíba (RS), e vai ampliar a linha de produtos montados no Brasil. Conhecida internacionalmente pela linha de guindastes, equipamentos para construção e mineração, a Terex faz aqui apenas a linha de máquinas para pavimentação, no município de Cachoeirinha (RS).
A nova unidade de produção, lançada com aporte de R$ 150 milhões, entrará em operação dentro de 12 meses, ocupando uma área de 500 mil m2 - espaço dez vezes superior à unidade atual. Segundo o presidente da Terex para a América Latina, André Freire, a área da nova unidade - principal restrição à ampliação da produção na antiga fábrica de Cruzeiro - será usada para aumentar a produção da linha de pavimentação e para trazer linhas de montagem de novos equipamentos, ainda a serem definidos pela companhia.
As possibilidades incluem máquinas para construção - escavadeiras e caminhões off road - guindastes e plataformas aéreas. A linha de mineração da Terex foi vendida pela matriz em dezembro do ano passado, por US$ 1,3 bilhão, para o grupo americano Bucyrus, produtor de escavadeiras e esteiras de grande porte. A Terex passou por problemas no mercado internacional devido à crise. No mundo, sua receita caiu de US$ 9,9 bilhões em 2008 para US$ 4 bilhões em 2009.
Os países emergentes, Brasil incluído, são a aposta da companhia para sair do buraco - nos EUA e Europa as vendas chegaram a cair 80% no auge da crise. Na América Latina, diz André Freire, a empresa faturou US$ 350 milhões, desempenho liderado pelo país, responsável por cerca de 70% das vendas, deixando para trás o México. A perspectiva da empresa é chegar a 2015 faturando R$ 1 bilhão aqui.
Excluído o impacto da venda da unidade de mineração, puxada por compras da Vale, as vendas da empresa cresceram impressionantes 50% entre 2008 e 2009 - passando de R$ 200 milhões para R$ 300 milhões. Para André Freire, a demanda foi fortemente impulsionada por obras do PAC, e devem continuar em expansão.
Fonte: (Fonte: Valor Econômico/ Fernando Teixeira, de São Paulo)
PUBLICIDADE