A União Europeia (UE) aprovou ontem a aquisição das operações de energia da Alstom pela General Electric, num negócio de US$ 14 bilhões, sob a condição de que o grupo resultante da fusão venda parte de suas operações com turbinas para a Ansaldo Energia, uma companhia de engenharia da Itália.
A operação também foi aprovada pelas autoridades reguladoras dos Estados Unidos, com o Departamento de Justiça protocolando uma decisão proposta ontem que permitirá o andamento do negócio. As duas decisões significam que ele deverá ser concluído em poucas semanas, dependendo apenas das aprovações de alguns mercados menores e das formalidades legais restantes.
A provação das autoridades de competição da UE encerra meses de negociações difíceis. Em alguns momentos ficou parecendo que Bruxelas iria proibir a fusão por temer que a aquisição da unidade de energia da Alstom pudesse dar à GE um domínio muito grande do mercado de turbinas de grande potência que geram eletricidade em usinas.
Margrethe Vestager, comissária de competição da União Europeia, disse que a aprovação final mostrou que a Europa está "aberta aos negócios e que as tecnologias europeias podem prosperar e atrair investimentos estrangeiros" - uma resposta às acusações feitas pelos Estados Unidos de que as autoridades fiscalizadoras da competição na Europa estão cada vez mais protecionistas.
As concessões da GE se concentram na Ansaldo, uma companhia que opera no mercado de turbinas. A Comissão Europeia vinha tentando incentivar a companhia italiana por temer que a ligação GE-Alstom pudesse resultar em apenas dois concorrentes para a companhia resultante da fusão: a Siemens da Alemanha e a Mitsubishi Hitachi Power Systems do Japão.
A alternativa foi que a unidade de serviços PSM da Alstom terá de ser vendida para a Ansaldo. Este negócio fornece componentes para turbinas de gás e mais da metade de suas receitas vêm dos serviços a turbinas da GE.
Brian Langenberg, um analista do setor industrial, disse que a GE foi forçada a fazer mais concessões do que queria, "mas mesmo assim ainda parece ter feito um bom negócio". O grupo americano disse que as concessões são administráveis e que o lado econômico do negócio foi preservado. A notícia da aprovação provocou uma alta de mais de 3,8% no preço da ação da GE em Nova York.
Fonte: Valor Econômico/Por Christian Oliver, Michael Stothard e Ed Crooks | Financial Times, de Bruxelas, Paris e Nova YorkUE aprova com restrições negócio entre GE e Alstom
A União Europeia (UE) aprovou ontem a aquisição das operações de energia da Alstom pela General Electric, num negócio de US$ 14 bilhões, sob a condição de que o grupo resultante da fusão venda parte de suas operações com turbinas para a Ansaldo Energia, uma companhia de engenharia da Itália.
A operação também foi aprovada pelas autoridades reguladoras dos Estados Unidos, com o Departamento de Justiça protocolando uma decisão proposta ontem que permitirá o andamento do negócio. As duas decisões significam que ele deverá ser concluído em poucas semanas, dependendo apenas das aprovações de alguns mercados menores e das formalidades legais restantes.
A provação das autoridades de competição da UE encerra meses de negociações difíceis. Em alguns momentos ficou parecendo que Bruxelas iria proibir a fusão por temer que a aquisição da unidade de energia da Alstom pudesse dar à GE um domínio muito grande do mercado de turbinas de grande potência que geram eletricidade em usinas.
Margrethe Vestager, comissária de competição da União Europeia, disse que a aprovação final mostrou que a Europa está "aberta aos negócios e que as tecnologias europeias podem prosperar e atrair investimentos estrangeiros" - uma resposta às acusações feitas pelos Estados Unidos de que as autoridades fiscalizadoras da competição na Europa estão cada vez mais protecionistas.
As concessões da GE se concentram na Ansaldo, uma companhia que opera no mercado de turbinas. A Comissão Europeia vinha tentando incentivar a companhia italiana por temer que a ligação GE-Alstom pudesse resultar em apenas dois concorrentes para a companhia resultante da fusão: a Siemens da Alemanha e a Mitsubishi Hitachi Power Systems do Japão.
A alternativa foi que a unidade de serviços PSM da Alstom terá de ser vendida para a Ansaldo. Este negócio fornece componentes para turbinas de gás e mais da metade de suas receitas vêm dos serviços a turbinas da GE.
Brian Langenberg, um analista do setor industrial, disse que a GE foi forçada a fazer mais concessões do que queria, "mas mesmo assim ainda parece ter feito um bom negócio". O grupo americano disse que as concessões são administráveis e que o lado econômico do negócio foi preservado. A notícia da aprovação provocou uma alta de mais de 3,8% no preço da ação da GE em Nova York.
Fonte: Valor Econômico/Por Christian Oliver, Michael Stothard e Ed Crooks | Financial Times, de Bruxelas, Paris e Nova York
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