A Usiminas pretende vender sua participação acionária de 14,25% na Ternium, a siderúgica com com atuação em alguns países da América Latina. O negócio poderá superar o US$ 1 bilhão, em valores de mercados atuais.
Foto: Divulgação Ampliar
Carga de bobinas da Ternium no porto Buitrago de Planta San Nicolás, na Argentina: participação da Usiminas será alienada
"A participação foi importante para a Usiminas, mas não faz mais sentido", afirmou o diretor-presidente da Usiminas, Wilson Brumer, nesta quinta-feira, em conversas com os jornalistas em conferência telefônica.
A participação na Ternium é até então a maior inserção da Usiminas no mercado internacional. Atualmente, três quartos das vendas da siderúrgica são destinadas ao mercado doméstica, cujo consumo deve aumentar 28% neste ano.
A empresa não decidiu ainda quando venderá sua fatia acionária e irá negociar a melhor forma de venda com a família argentina Rocca, controladora da empresa. "O momento para a venda será o melhor momento de mercado."
Os recursos de venda desta participação serão utilizados para os futuros projetos de investimentos da Usiminas no Brasil. A siderúrgica planeja aplicar R$ 3,5 bilhões em 2010 e um valor próximo a esta cifra no ano seguinte. Entre os investimentos já definidos, a Usiminas irá aplicar R$ 707 milhões para ampliar a produção de coque, R$ 914 milhões numa nova linha de aços galvanizados, R$ 1,08 bilhão no aumento de produção de chapas grossas e R$ 2,5 bilhões num nova laminador de tiras a quente.
Brumer disse que a Usiminas levará a proposta ao conselho de administração de retomada do investimento em uma nova usina de produção de placas de aço no município de Santana do Paraíso, próxima à unidade principal da companhia, que fica em Ipatinga, no Vale do Aço (MG). A reunião será em agosto. "Mas isso não quer dizer que a decisão do investimento seja tomada neste mês", explicou Brumer. O projeto, que tinha orçamento de US$ 5 bilhões, foi congelado durante a crise econômica do fim de 2008.
A Ternium, que tem fábricas na Argentina, México e Guatemala, entre outros países, fechou acordo com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para receber quase US$ 2 bilhões pela nacionalização da siderúrgica Sidor em 2008.
Fonte; Grande Prêmio/André Vieira, iG São Paulo
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