SÃO PAULO - A Vale concluiu há pouco a precificação de sua captação de US$ 1 bilhão no mercado externo com o menor preço já pago pela companhia para um papel de 10 anos, segundo uma fonte próxima à operação. A Vale vai pagar uma taxa de 4,525% ao ano (yield). O cupom ficou em 4,375% ao ano.
A empresa divulgou no início do dia que pretende emitir, por meio de sua subsidiária Vale Overseas, bônus com vencimento em 2022. Segundo a companhia, os recursos obtidos com oferta serão utilizados “para propósitos corporativos em geral”.
Os bônus contarão com garantia da Vale e a oferta terá participação dos bancos Citigroup, HSBC, J.P. Morgan, BB Securities e Bradesco BBI.
Ontem o Tesouro Nacional captou US$ 825 milhões pagando a menor taxa da história, 3,449% ao ano, com spread sobre o título do governo americano de mesmo prazo de 150 pontos básicos.
A agência de classificação de risco Moody's atribuiu rating "Baa2" para a proposta de emissão da Vale, com perspectiva estável. A agência também confirmou o rating global em moeda local da Vale em "Baa2".
A Fitch deu nota "BBB+" para a operação. Segundo a agência, o rendimento dos títulos da mineradora deve ser usado como referência para a emissão de outras companhias.
A Standard & Poor’s (S&P), por sua vez, atribuiu nota “A-” à proposta de emissão de notas garantidas. “O rating das notas reflete a qualidade de crédito da Vale, que é a garantidora irrevogável e incondicional da emissão. As notas se equiparam às demais dívidas sem garantia real e não subordinadas da Vale”, diz a S&P em nota.
(Fernando Travaglini | Valor Econômico)
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