O presidente da Vale, Murilo Ferreira, reuniu-se na última segunda-feira com a presidente da Argentina Cristina Kirchner e confirmou investimentos de US$ 5,9 bilhões no projeto de extração de potássio, na mina localizada no município de Malargüe, na província argentina de Mendoza. A reunião foi realizada na residência oficial de Olivos e contou também com a participação dos ministros argentinos da Economia, Amado Boudou, do Planejamento, Julio De Vido, e da Indústria, Débora Giorgi, além do secretário de Mineração, Jorge Mayoral. Segundo o presidente da Vale e o gerente da companhia na Argentina, Sérgio Leite, o projeto vai gerar 12 mil empregos na região, com a construção de uma mina e de uma linha ferroviária de 400 quilômetros entre as províncias de Neuquén e Río Negro, além da reconstrução de 500 quilômetros de ferrovia.
Ferreira reiterou que o plano de investimentos será executado em 30 meses e envolve ainda a construção de um porto em Bahia Blanca, na província de Buenos Aires. Segundo o executivo, a produção anual vai superar quatro milhões de toneladas, colocando a Argentina entre os maiores produtores mundiais de fertilizantes (o potássio é o insumo utilizado na fabricação de fertilizantes). A companhia se comprometeu ainda a desenvolver uma unidade de gás não convencional em Neuquén. "A reunião foi muito valiosa, já que podemos conversar com a presidente e seus funcionários e confirmar nossos planos de investimentos no país" disse o presidente da Vale, em nota distribuída pela companhia à imprensa.
Três empreiteiras brasileiras participam do projeto: Odebrecht , encarregada da construção da mina; Camargo Corrêa, que vai construir a ferrovia para escoar a produção; e Andrade Gutierrez que construirá o porto. Além do problema da contratação dos empregados e a terceirização de alguns trabalhos com empresas de Mendoza, o projeto enfrenta dificuldades com o traçado da ferrovia, que corta diferentes municípios e distintos interesses.
Fonte: Jornal do Commercio/RS
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