Em reunião realizada no Palácio do Planalto na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Vale, Murilo Ferreira, trataram dos rumos da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). Não houve uma conclusão sobre o que será feito, segundo relatos de auxiliares da presidente. Mas a situação da CSA preocupa o governo, que atuará para encontrar uma solução para a questão.
A CSA é uma parceria entre o grupo alemão Thyssen Krupp AG, que detém 73,19% das ações da empresa, e a Vale. A empresa brasileira possui os 26,81% restantes. No dia 15 de maio, a Thyssen Krupp AG anunciou que decidiu colocar à venda a usina instalada no Rio de Janeiro, alegando dificuldades com o aumento dos custos de produção no país.
O Valor revelou, na edição do dia 16 de maio, que um grupo siderúrgico chinês seria o mais cotado para assumir o controle da CSA. A Vale não pretendia vender sua fatia acionária na empresa, informou a reportagem. E especialistas do mercado afirmavam que dificilmente a mineradora se interessaria pelos 73,19% do grupo alemão, pois siderurgia não é seu foco.
No Palácio do Planalto, a situação é vista como um efeito da crise financeira global a ser enfrentado. Na segunda-feira, Murilo Ferreira deixou o Palácio do Planalto sem dar entrevistas. Quando perguntado por assessores da Presidência se pretendia falar à imprensa sobre a audiência, ele disse que não. Afirmou que o assunto da reunião era novos investimentos e, como a Vale é de capital aberto, o tema não poderia ser tratado em público.
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