O local onde a Vale planeja construir uma usina siderúrgica em Ubu, a CSU, não sofreu mudanças em relação ao primeiro projeto planejado para a região, em parceria com a empresa chinesa Baosteel, chamado de Companhia Siderúrgica Vitória (CSV). O que mudou foi o layout da planta em relação ao primeiro projeto, mas a área permanece a mesma anteriormente prevista para a instalação da usina.
Quem garante é o coordenador executivo da CSU, Marcos Chiorboli ao esclarecer que a área definida para a construção da usina, para produção de placas de aço, é a mesma. O total da área é de 1,8 mil hectares (um hectare tem 10 mil metros quadrados), sendo que mil hectares já pertenciam à Samarco e os outros 800 foram adquiridos de cinco proprietários rurais.
A reformulação do layout, segundo o executivo, permitiu que uma área de 300 hectares, localizada ao lado do Morro do Urubu, pudesse ser destinada à proteção ambiental. Outros 300 hectares serão destinados ao acesso da linha ferroviária que chegará até à usina. Pouco mais de 1,1 mil hectares, efetivamente, serão destinados à instalação da planta da usina siderúrgica.
“Infelizmente, a comunidade da Chapada do A está localizada bem no meio da área onde se pretende instalar a usina. Esta é, na verdade, a mesma área onde seria instalada, também, a planta do primeiro projeto, que a Vale iria construir com a Chinesa Baosteel. Não houve mudança de localização”, garante o executivo. A relocação já estava prevista desde o primeiro projeto de usina em Ubu.
Para a entrada em operação do empreendimento estão sendo realizados vários estudos, como o que avaliou a cadeia de fornecedores e que pretende indicar ações para potencializar a atividade exercida pelas empresas de cada setor. “Os estudos pretendem levar desenvolvimento sustentável para o Espírito Santo, em especial, para a Região Sul do Estado”, conforme garante o executivo da empresa.
Recolocação
Em relação à relocação dos moradores de Chapada do A e Monteiro, a empresa reafirma que está tratando o processo com zelo e respeito. A mineradora contratou uma empresa capixaba (Instituto Ideias) para fazer um levantamento completo sobre a situação das 130 famílias das duas comunidades. “Primeiro é preciso conhecer a realidade, a história e como é a vida das pessoas, para depois fazer uma proposta o mais próxima possível da que a comunidade vive”, explica Marcos Chiorboli.
A partir do levantamento e dos estudos realizados pelo Instituto Ideias, a empresa de arquitetura vai estruturar o projeto de uma nova vila, caso seja essa a proposta que a maioria dos moradores escolher.
A Vale já explicou aos habitantes das duas comunidades que eles poderão escolher uma das três alternativas: se mudar para uma vila que a empresa construirá com todos os equipamentos comunitários; se mudar para imóvel em outra cidade; ou receber indenização assistida.
Fonte: A Gazeta (Vitória) ES/Denise Zandonadi
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