A Vale lançou oficialmente ontem, em São Paulo, o Fundo Vale para projetos ambientais na Amazônia. Sete organizações não governamentais com forte presença na região participam da primeira fase do projeto, que conta com o aporte de R$ 51 milhões até 2012.
Em fase de "teste" desde o ano passado, o fundo já desembolsou R$ 7 milhões do total aprovado para o desenvolvimento de oito projetos com foco em três áreas: promoção de municípios verdes, criação e consolidação de áreas protegidas, e monitoramento da região por satélite. De acordo com a Vale, a ideia é expandir o projeto para o exterior no futuro - países da África sem "expertise" em sustentabilidade e também para os vizinhos sul-americanos detentores de uma porção da floresta amazônica.
"É o 3.0 da sustentabilidade. Queremos olhar mais além das nossas atividades e pensar o futuro do planeta", afirmou Vânia Somavilla, diretora de meio ambiente e sustentabilidade da Vale, reforçando a tendência mundial de comprometimento empresarial com a preservação do ambiente.
Entre os projetos financiados parcialmente pelo fundo está o de Almeirim, município de 30 mil habitantes no norte do Pará, que tem 80% de sua cobertura florestal nativa protegida. "Tentamos chegar antes do desmatamento, antes que Almeirim acabe como os outros tantos municípios paraenses", disse Marco Lentini, diretor-executivo do Instituto Floresta Tropical (IFT), que trabalha com capacitação para o manejo correto da floresta.
Já a parceria com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) levou a avanços no sistema de geoprocessamento - o mapeamento por satélite da Amazônia -, dando agilidade na elaboração dos relatórios que servem de base para a fiscalização pública.
O fundo está aberto a novos investidores privados e públicos.
Ver mais em www.fundovale.com
Fonte: Valor Econômico/ Bettina Barros, de São Paulo
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