RIO - A Vale recebeu hoje a licença prévia do projeto da Aços Laminados do Pará (Alpa), em Marabá. A usina terá investimentos de cerca de R$ 5,2 bilhões e a previsão é de que tenha capacidade de produzir 2 milhões de toneladas de placas e 500 mil toneladas de aços laminados (bobinas a quente e chapas grossas) por ano.
A expectativa é de que as obras de terraplenagem comecem em junho e a entrada em operação do empreendimento está prevista para acontecer em novembro de 2013, com o alto-forno, a aciaria e a laminação.
"O nosso papel é fomentar o crescimento da produção siderúrgica no Brasil e, para isso, estamos buscando as melhores tecnologias, os melhores processos", disse, em nota, o presidente da Vale, Roger Agnelli, que recebeu a licença prévia das mãos da governadora Ana Julia Carepa.
O projeto da Alpa prevê um sistema integrado, com a siderúrgica conectada a um acesso ferroviário capaz de receber minério de ferro de Carajás e a um terminal fluvial no rio Tocantins para receber carvão mineral e escoar os produtos siderúrgicos até Barcarena, também no Pará, para o terminal portuário de Vila do Conde.
A empresa, juntamente com os governos do Pará e do município de Marabá, prevê ainda a capacitação de profissionais locais para o empreendimento. As aulas dos 17 cursos de formação direcionados prioritariamente para a Alpa começaram em janeiro, com parceiros como Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai), Sistema Nacional de Emprego (Sine) e Obra Kolping do Brasil.
Além da Alpa, a Vale participa de três outros projetos na área de siderurgia que, juntos com o projeto paraense, podem agregar 18,5 milhões de toneladas à produção brasileira de aço, que em 2008 foi de 34 milhões de toneladas.
A Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU), no Espírito Santo, deverá entrar em produção em 2014, com capacidade de produção de 5 milhões de toneladas de placas.
Já a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), em parceria com a alemã ThyssenKrupp, deverá entrar em operação este ano no Rio de Janeiro, com capacidade de produção de 5 milhões de placas por ano.
O quarto empreendimento é a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), em parceria com a coreana Dongkuk no Ceará, que deverá entrar em produção em 2013, com capacidade anual de 3 milhões de toneladas de placas na primeira fase, podendo ser expandida para 6 milhões de toneladas de placas.
Fonte: Valor Online/Rafael Rosas
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