A Vale vai investir no Ceará. A companhia será a segunda empresa a entrar na Zona de Processamento de Exportação do Estado (ZPE). O projeto foi aprovado na quarta-feira pelo Conselho Interministerial de ZPEs (formado por cinco ministérios) e deve começar a ser implantado no ano que vem. O investimento é de US$ 98 milhões.
O presidente da Empresa Administradora da Zona de Processamento de Exportação do Pecém (Emazp), Eduardo Alcântara Macêdo, conta que o projeto vinha sendo avaliado em sigilo. A Vale Pecém, como está sendo chamada, fornecerá minério de ferro e fará o beneficiamento do mesmo para a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). A expectativa é de 180 empregos diretos.
O investimento é todo da Vale, mas a unidade do Ceará será uma empresa independente. O projeto será instalado numa área de 14 hectares dentro do terreno destinado a CSP e vai produzir cinco milhões de toneladas de minério por ano. A expectativa é de inauguração do empreendimento no segundo semestre de 2015.
ZPE 1
LIBERAÇÃO DA ÁREA ALFANDEGÁRIA
Ontem, a Receita Federal iniciou a vistoria da área onde está sendo instalada a ZPE para a emissão do Ato Declaratório Executivo, mais conhecido como processo de alfandegamento. O processo deveria ser encerrado na sexta-feira, mas a conclusão das vistorias ficou para a próxima terça-feira. A área de despacho da ZPE é de 5 hectares, onde ficarão todos os armazéns. Entretanto, o terreno destinado aos projetos onde ficarão a Vale Pecém e a CSP é muito maior e representa um total de 571 hectares.
O processo foi aberto no início do ano e todos os pré-requisitos foram protocolados junto à Receita no dia 22 de agosto. Com essa declaração da Receita, a Emazp passa a ter o direto de operar a ZPE em zona primária.
ZPE 2
COMERCIALIZAÇÃO NO PAÍS
A votação do pedido de urgência do veto da presidente Dilma Rousseff para a divisão dos royalties do petróleo ofuscou quarta-feira uma das medidas mais importantes para a instalação das empresas nas ZPEs. Trata-se da aprovação, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, do projeto que permite às companhias instaladas nas ZPEs comercializarem 40% de sua produção em território nacional.
As tarifas sobre as mercadorias vendidas no Brasil serão as mesmas incidentes sobre a produção de empresas instaladas fora das ZPEs. Com isso, uma parcela da produção das indústrias instaladas na área passará a ser distribuída no mercado interno e garantirá escala na produção, mesmo nos momentos de retração das exportações. Hoje, as ZPEs devem obrigatoriamente exportar 80% de sua produção.
ZPE 3
DESTRAVAMENTO DOS PROCESSOS
Com a decisão, os senadores querem destravar os processos de instalação das 24 ZPEs que estão sendo criadas no Brasil. Atualmente existem 3.550 ZPEs instaladas em todo o mundo e elas são exemplos de modelos de industrialização. As áreas são destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior. Essas empresas têm tratamento tributário, cambial e administrativo diferenciado.
TERRAPLANAGEM
PARQUES EÓLICOS E INDÚSTRIA
A construção de parques eólicos, indústrias e condomínios consolidou um mercado para as empresas de terraplanagem. Os executivos da JBM Construtora afirmam que a empresa cresceu mais de 100% no último triênio. O diretor financeiro da JBM, Guilherme Limaverde, conta que os parques eólicos constituem um nicho de mercado para a terraplenagem, mas as obras requerem tecnologia e monitoramento das máquinas via satélite.
Fonte: O Povo (CE)
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