A venda da BR Distribuidora não deverá compor os US$ 15,1 bilhões de desinvestimentos previstos pela Petrobras entre 2015 e 2016, afirmou na noite desta quarta-feira o presidente da estatal, Pedro Parente. Segundo ele, a tendência é que, pelo andamento do processo, a venda de uma participação na distribuidora de combustíveis integre o plano de desinvestimento de 2017-2018, de US$ 19,5 bilhões.
“A gente não acha que isso [venda da BR Distribuidora] vai entrar nos US$ 15,1 bilhões deste ano”, afirmou Parente, após apresentar o plano de negócios 2017-2021 para integrantes do setor petrolífero brasileiro, em evento realizado pelo Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), no Rio.
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Parente explicou que, inicialmente, a Petrobras contava com a BR na formação dos US$ 15,1 bilhões do plano de desinvestimentos de 2015-2016. A mudança na modelagem da venda do ativo, porém, fez o processo ser adiado.
O presidente da Petrobras disse que em breve vai concluir a modelagem para a venda da BR Distribuidora. Com isso, a empresa chamará os interessados para apresentarem suas propostas.
“Esse modelo foi discutido no âmbito do conselho [de administração da Petrobras]. Ele está sendo finalizado para convidarmos os possíveis candidatos, o que vai acontecer proximamente”, completou Parente.
Segundo Parente, o novo modelo de venda da participação na BR está mantido. A ideia é que o sócio privado fique com 51% das ações ordinárias. A Petrobras, por sua vez, ficará com 49% das ações ON, porém terá a maioria das ações preferenciais.
Com relação à renegociação dos contratos da cessão onerosa, Parente afirmou que acredita que a Petrobras será credora, ao fim da discussão com o governo. “Nós achamos que seremos credores.” Questionado sobre o prazo para a conclusão da negociação, ele disse que “isso depende do governo”.
Fonte: Valor