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500 operações

Progredir empresta em um ano mais de R$ 2 bilhões a 275 empresas dos setores de óleo, gás e naval

A existência de uma base de fabricantes locais de peças e equipamentos é fundamental para a competitividade industrial. E a atração de recursos financeiros para fazer frente aos investimentos previstos no setor de petróleo, gás, naval e offshore é condição essencial para a materialização efetiva das oportunidades do setor. Para viabilizar a oferta de crédito bancário a custo reduzido às empresas que integram a cadeia de suprimento da Petrobras, a companhia lançou em junho do ano passado o Progredir. Até o último dia 4 de junho, o programa já havia viabilizado R$ 2.331.813.269,34 em empréstimos. Segundo a companhia, foram realizadas 500 operações, envolvendo 275 empresas de 19 estados de todas as regiões do Brasil.


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Desenvolvido em parceria com o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), o Progredir permite que empresas que integram a cadeia de suprimentos da Petrobras obtenham empréstimos junto aos bancos parceiros com base nos contratos de fornecimento de bens e serviços assinados com a companhia. A iniciativa faz parte das ações estratégicas para o fortalecimento e ampliação da cadeia produtiva da Petrobras.

Do total de recursos emprestados, 85% foram destinados a empresas localizadas na Região Sudeste, que também é responsável pelo maior número de financiamentos, 72%. O Rio de Janeiro é o estado em que as empresas obtiveram o maior volume de recursos junto aos bancos parceiros do Progredir: R$ 774.368.324,21 em 185 operações. Em segundo lugar aparece Minas Gerais, que recebeu R$ 672.129.261,16 em 33 operações. Os dez estados com maior volume de recursos obtiveram, juntos, 90% do total disponibilizado pelos bancos até o momento.

Após o envio do pedido através do Portal Progredir, o financiamento tem sido obtido pelo fornecedor, em média, em sete dias úteis. Segundo a Petrobras, no primeiro ano de programa, 85% dos fornecedores que tentaram financiamento pelo Progredir obtiveram êxito. A redução média do custo financeiro tem sido de 20%, alcançando 50% em alguns casos. Desde o início do Progredir, o valor médio dos financiamentos realizados por meio do programa é de R$ 4,7 milhões. Do total de financiamentos, 48% deles estão na faixa entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões.

Entre os bancos parceiros da Petrobras está a Caixa Econômica Federal, que já superou 35% de todo o valor negociado através do portal. Até o final do mês de junho, o banco contabilizava R$ 847 milhões em empréstimos em cerca de 130 operações e, de acordo com a instituição, é líder em contratação de operações de crédito no âmbito do Progredir. A Caixa inclusive criou uma superintendência de negócios exclusiva para a formatação de estratégias e atendimento às empresas do setor em todo o país.

Um dos destaques da instituição é a linha de crédito Antecipação de Recebíveis Petrobras a performar. De acordo com a superintendente regional da Caixa, Eugenia de Melo, com a antecipação dos contratos, as empresas tomadoras encontram maior facilidade e adequação para fazer frente às despesas iniciais para cumprimento das obrigações assumidas em seus contratos junto à Petrobras. “Nestas operações, o crédito possui expressiva redução na taxa de juros, que pode chegar a até 40%, se comparado a operações de antecipação efetuadas antes da formatação do portal”, diz. O prazo das operações, continua Eugenia, respeita o prazo remanescente do contrato, de acordo com a necessidade das empresas, e as taxas variam de acordo com a análise de crédito e a estrutura da operação.

Das cerca de 300 empresas que já negociaram o produto de Antecipação de Recebíveis Petrobras a performar na Caixa, 130 o fizeram por meio do portal Progredir. Como no portal são atendidas empresas do primeiro ao quarto elo da cadeia produtiva da Petrobras, Eugenia salienta que é essencial que os EPCistas cadastrem seus fornecedores para que estes fabricantes também tenham suas demandas por crédito atendidas. “A adesão das empresas ao Progredir tem efeito multiplicador, uma vez que, ao aderir ao programa, esta empresa também inclui seus fornecedores que, fora do portal, não teriam acesso a condições tão competitivas de crédito”, lembra.

O objetivo da Caixa é manter a liderança no programa Progredir, atendendo a necessidade demandada pelas empresas. Sem um valor determinado de desembolsos, a instituição pretende manter ou até aumentar a sua participação, podendo atingir um total de R$ 2 bilhões até o final do ano, quando o Progredir terá como meta chegar a R$ 5 bilhões em empréstimos. “Na Caixa não há teto para a liberação de recursos. Dinheiro não é problema, nossa meta é atender a demanda existente. Esperamos que esta seja uma carteira com crescimento forte, sustentável e perene e que funding e intenção de financiamento não representem problemas para o setor”, afirma a executiva.

No ano passado, as operações de crédito feitas pela Caixa para o setor de óleo e gás somaram R$ 10 bilhões. Neste ano, apenas os projetos da indústria naval em análise, vinculados ao repasse de recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM), já somam cerca de R$ 17 bilhões. A contratação desses projetos, declara Eugenia, deverá obedecer ao cronograma de priorização determinada pelo Fundo. O atendimento ao financiamento da indústria naval, em especial estaleiros e embarcações, também tende a gerar forte atendimento a outras cadeias produtivas, como engenharia, metalmecânica e aço, as quais a Caixa também tem condição de atender.

Quem também pode apresentar propostas de financiamento para fornecedores e subfornecedores da Petrobras e das subsidiárias participantes do Progredir é o Banco do Brasil.

Contabilizando desembolsos de cerca de R$ 720 milhões em 113 operações, a instituição já negociou empréstimos com mais de 100 empresas. Atuando com todos os perfis — desde empresas de pequeno porte até companhias de capital aberto —, o Banco do Brasil  tem com destaque em suas operações as médias empresas.

De acordo com o gerente executivo da Diretoria Comercial do Banco do Brasil, Fernando Campos, a instituição objetiva a meta de 30% de participação nos valores desembolsados pelo portal Progredir. “O atual percentual está aderente à meta estabelecida”, conta. Considerando o potencial de novos negócios inseridos no setor de petróleo, gás, naval e offshore, a avaliação do Banco do Brasil sobre o programa é positiva. “Acreditamos em um panorama favorável para a indústria de óleo e gás, tendo presente o crescimento das descobertas de novas reservas, sobretudo do pré-sal, além dos outros investimentos previstos pela Petrobras”, afirma.

A Petrobras tem ainda como bancos parceiros o Bradesco, Itaú, HSBC e Santander, além do Citibank, BicBanco e Banrisul que entraram no programa no último mês de julho. (DJ)






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