A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) pediu para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina uma verba adicional de R$ 3 bilhões para o Moderfrota, principal linha de crédito para a compra de tratores e colheitadeiras do país, e de R$ 1 bilhão para o Pronaf Investimento, que financia equipamentos menores. Em documento entregue à ministra, a associação também reivindica R$ 750 milhões para o Moderagro, R$ 450 milhões para o Moderinfra e R$ 750 milhões para o Inovagro, outras linhas que fazem parte do Plano Safra.
Para o Moderfrota, o Plano Safra 2019/20 prevê R$ 9,6 bilhões, a juros de 8,5% a 10,5%, enquanto na safra anterior os recursos somaram R$ 8,9 bilhões. A liberação de recursos adicionais para o financiamento de máquinas e implementos agrícolas vai ser discutida em um almoço com o presidente Jair Bolsonaro, na quarta-feira, e no dia seguinte com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
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“A industria já apresentou neste ano uma queda de 10% em receita nas vendas, quando nossa expectativa inicial era de crescimento de 10%”, afirmou João Carlos Marchezan, presidente do conselho de administração da Abimaq. Em outubro, a projeção para 2019 foi revisada para um crescimento de 1% a 2%.
Ele afirma que as linhas de crédito com juros menores, como PCA, Pronaf e Moderagro, já se esgotaram. “O Moderfrota a juros de 8,5% deve acabar em fevereiro. A linha de 10,5% ainda tem dinheiro, mas ninguém está tomando esse recurso”, afirmou. “Este ano tinha tudo para ser um ano positivo na indústria de máquinas agrícolas, mas em função de ter faltado dinheiro para financiamento já no fim de abril, chegamos na Agrishow [evento em Ribeirão Preto] sem dinheiro. Isso só foi se resolver com o Plano Safra novo, em julho, mas ele veio com taxas mais altas. O agricultor deixou de investir, porque esse patamar de juros não cabe no negócio dele”.
Fonte: Valor